Agricultor de Idanha-a-Nova está há quase um mês em protesto junto à residência oficial de António Costa, e o seu estado de saúde está cada vez mais debilitado. Governo prometeu encontrar solução, mas até agora ainda não o fez. “O primeiro-ministro mentiu em plenário a nosso respeito e foi claro quanto a deixar-me morrer.” Petição pública endereçada a Costa foi criada esta quarta-feira e já tem quase cinco mil assinaturas
Luís Dias, o agricultor lesado pelo Estado que está há 29 dias em greve de fome em frente ao Palácio de São Bento, foi hospitalizado outra vez esta quarta-feira. Recusou-se a ser alimentado por uma sonda e, apesar do estado de fraqueza, teve alta esta quinta-feira de manhã e já está novamente na sua tenda, junto à residência oficial de António Costa.
“Ir ao hospital é horrível e desgasta-me imenso. Falei com a médica e o conselho dela é comer. Mas como continuo [em greve de fome], se desmaiar ou tiver vómitos secos já não volto a sair [do hospital]”, explicou Luís Dias ao Expresso esta manhã.
Também na quarta-feira, foi criada uma petição pública dirigida ao primeiro-ministro que pede uma “solução mediada” para o caso de Luís Dias e da sua sócia Maria José Santos, que estão há oito anos numa luta burocrática contra o Estado devido ao financiamento da Quinta das Amoras, em Idanha-a-Nova – apesar do Ministério Público já ter dado razão aos queixosos, assim como a Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMOT). Até às 12h00 desta quinta-feira, a petição contava já com 4470 assinaturas.
Esta é a terceira greve de fome iniciada por Luís Dias desde maio de 2021. Na semana passada, Luís Dias foi hospitalizado com […]