Certificação e exportação de Vinhos do Tejo com crescimento de dois dígitos

Depois de divulgados os números de vendas no mercado nacional relativamente ao primeiro trimestre – com um aumento de 39,1% em litros e 2,3 pontos percentuais em quota de mercado – estão agora apurados os dados relativos à certificação e exportação, desta feita de Janeiro a Junho de 2021 face ao período homólogo de 2020. A Comissão Vitivinícola Regional do Tejo (CVR Tejo) congratula-se com o facto de também eles apontarem para patamares de positividade, acima da média: 14,33% e 36,76%, respectivamente.

Produtores continuam a apostar na certificação dos seus vinhos

No primeiro semestre, a certificação de Vinhos do Tejo aumentou 14,33%, com mais de dezassete milhões de litros de vinho a ser alvo de certificação pela CVR Tejo, dos quais 1.249.609 litros como DOC do Tejo e 15.902.457 litros de IG Tejo. Estes números correspondem apenas a metade do ano, fazendo assim perspectivar que, mais uma vez, o valor anual será superado. Depois do grande e inesperado – devido aos efeitos da pandemia da Covid-19 – crescimento que se verificou em 2020, na ordem dos 28%, a CVR Tejo projectou um aumento anual de cerca de 5%, face a 2020. Contudo, a este ritmo, acredita que essa fasquia deverá ser ultrapassada, atingindo-se uma curva ascendente na ordem dos dois dígitos.

Vinhos do Tejo superam performance nacional no que toca à exportação

No que toca à exportação de Vinhos do Tejo no primeiro semestre, a CVR Tejo regista um crescimento de 36,76%, em volume. Neste hiato de meses, os principais mercados foram a Suécia, o Brasil, a Polónia, a França, os Estados Unidos da América e a China, respectivamente. Um ranking que poderá sofrer alterações até ao final do ano, com o Brasil a voltar ao pódio – está já a notar-se uma boa retoma deste mercado, com forte afinidade para os vinhos portugueses e, em especial, para os vinhos da região do rio Tejo.

Olhando para o panorama nacional e segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), citados pelo Ministério da Agricultura, o complexo agroalimentar cresceu 8,4% no primeiro semestre, face ao período homólogo de 2020. No que toca aos vinhos, as exportações aumentaram 14,5% em volume e 19,3% em valor e atingiram quase 436 milhões de euros. As exportações dos vinhos portugueses tiveram, no primeiro semestre de 2021, um comportamento muito positivo, registando um assinalável acréscimo, tanto em valor como em quantidade, quando comparado com o período homólogo de 2020: 14,5% em volume, 19,3% em valor e 4,2% no preço médio. Entre Janeiro e Junho, as exportações de vinho português fixaram-se assim em 435,6 milhões de euros, mais 70,5 milhões de euros do que o ano passado. Com destino ao mercado comunitário, as exportações avançaram, na primeira metade do ano, 14,6% em volume e 19% em valor, enquanto o preço médio cresceu 3,8%. Por sua vez, para os países terceiros as exportações progrediram 14,4% em volume e 19,6% em valor até junho, em comparação com o mesmo período de 2020. França, Estados Unidos da América, Reino Unido, Brasil e Alemanha foram os mercados mais importantes neste período.

Sobre a Região Vitivinícola do Tejo:

A Região Vitivinícola do Tejo está localizada no coração de Portugal, a uma curta distância de Lisboa, a capital. A região é cortada a meio pelo rio que lhe dá nome. Largo e imponente, o Tejo é um dos maiores rios de Portugal. Este território vitivinícola tem uma área global de cerca de 7.000 km2, dos quais 12.500 hectares são vinhas, e abrange 21 municípios, um no distrito de Lisboa e os restantes no distrito de Santarém. O rio Tejo é o elemento central e imprime uma profunda influência na caracterização da região, providenciando-lhe distintos «terroirs»: o Bairro, com solos argilo-calcários e alguns xistosos; o Campo, com terras mais férteis situadas em zona de aluvião; e a Charneca, com solos arenosos mais pobres. Também o rio dita que a amplitude térmica seja elevada, com dias bastante quentes e noites frescas e húmidas, diminuindo desta forma o stress hídrico das plantas (videiras) e assegurando uma correcta maturação das uvas. Um famoso crítico inglês resumiu numa só frase o impacto destas características edafoclimáticas nos Vinhos do Tejo: «hot days, cold nights, cool wines». Esta região está imemorialmente ligada à produção de vinhos e possui excelentes condições naturais para o cultivo da vinha e para a produção de vinhos, onde a frescura dada pela natureza é evidente. Esta frescura, associada a uma graduação alcoólica moderada, dá origem a vinhos equilibrados e frescos, com aromas frutados, que podem ser apreciados em todas as ocasiões. Uma jovem geração de viticultores e enólogos, que sabe aliar os conhecimentos adquiridos nas universidades à tradição das gerações que os precederam, cria vinhos consistentes e de grande qualidade, com estilos empolgantes e diferenciados. Nos brancos, o perfil traduz-se em vinhos muito aromáticos, com a presença de fruta tropical e citrina, também frescos e elegantes. Os vinhos tintos são equilibrados e frescos; no nariz, a fruta é uma presença garantida. Nos tintos de guarda, nota-se alguma presença de madeira. A região produz também vinhos rosés, espumantes, frisantes, vinhos licorosos e colheitas tardias, num espectro que permite degustar Vinhos do Tejo nos mais variados momentos. O Tejo tem alguns dos mais vibrantes e acessíveis vinhos a emergir em Portugal, oferecendo uma gama diversificada de estilos que apelam a uma variedade de gostos e orçamentos. Constituída por um património muito rico, a região dos Vinhos do Tejo reúne um conjunto de tesouros históricos que vale a pena visitar e que retratam tempos idos, desde as ruínas romanas aos castelos góticos e dos mosteiros manuelinos aos vilarejos medievais. Para os portugueses, esta região é conhecida como terra de vinhas, de olivais, de sobreiros e dos famosos cavalos Lusitanos, mas também pela sua rica e saborosa gastronomia e pelas belas paisagens feitas de verde e de água.

Sobre a Comissão Vitivinícola Regional do Tejo:

A Comissão Vitivinícola Regional do Tejo (CVR Tejo) foi criada a 24 de Novembro de 2008, tendo sucedido à Comissão Vitivinícola Regional do Ribatejo, fundada a 17 de Setembro 1997. É uma associação interprofissional que representa a produção e o comércio do sector vitivinícola da região. A sua competência consiste em controlar o cumprimento das regras e a certificação dos vinhos brancos, rosés, tintos, espumantes, licorosos e vinagres produzidos na região com direito a Denominação de Origem do Tejo (DOC do Tejo) e a Indicação Geográfica Tejo (IG Tejo). Todos os vinhos certificados pela CVR Tejo têm o selo de garantia ‘Tejo’ no rótulo. Tem como missão ajudar os produtores a aumentar a sua presença nos mercados estratégicos, com vinhos empolgantes e estilos diferenciados, oferecendo ao consumidor, continua e consistentemente, qualidade a bom preço. Com 87 agentes económicos associados – de entre adegas cooperativas, produtores e engarrafadores, empresas vinificadoras e engarrafadores da região –, a CVR Tejo é presidida por Luís de Castro, desde 01 de Maio de 2014. José Barroso ocupa o cargo de Presidente do Conselho Geral e João Silvestre o de Director-Geral. Luís Vieira e Diogo Campilho são, respectivamente, Vogais do Comércio e Produção. Integra ainda a CVR Tejo um Gestor de Qualidade, um Departamento de Viticultura, uma Estrutura de Controlo e Certificação, da qual fazem parte uma Câmara de Provadores e um Laboratório de Análises subcontratado e um Departamento de Promoção, destinado a apoiar os produtores, nos mercados nacional e internacional.

Comunicado enviado pela Comissão Vitivinícola Regional do Tejo (CVR Tejo)


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