Regresso deste fenómeno vai agravar o clima extremo mundial e tornar “muito provável” que as temperaturas aumentem 1,5ºC
Depois de 2022 ter sido o ano mais quente desde 1931 em Portugal e de 2016 ter sido o ano mais quente de sempre no mundo (impulsionado pelo El Niño), o próximo ano pode não ser muito diferente.
De acordo com o The Guardian, os cientistas alertam que o fenómeno climático El Niño, que provoca o aquecimento anormal de uma gigantesca massa oceânica que cobre uma vasta área do oceano Pacífico Central e Oriental, vai regressar no final deste ano e fazer com que as temperaturas atinjam valores “fora do normal”, causando ondas de calor sem precedentes.
Ou seja, o regresso deste fenómeno vai agravar o clima extremo mundial e tornar “muito provável” que as temperaturas aumentem 1,5ºC no mundo.
“É muito provável que o próximo grande El Niño nos possa levar a mais de 1,5°C. A probabilidade de ter o primeiro ano em 1,5°C no próximo período de cinco anos é agora de cerca de 50/50. Sabemos que, sob as alterações climáticas, os impactos dos eventos do El Niño vão ficar mais fortes, e temos de acrescentar isso aos efeitos das próprias alterações climáticas, que estão sempre a crescer. Juntando essas duas coisas, é provável que vejamos ondas […]