Em Madrid encontra-se a linha da frente na luta contra as doenças animais que estão a dizimar várias espécies em quintas por todo o mundo. Apesar de inofensiva para os humanos, a febre suína africana chegou em força e está a levar muitos produtores a abaterem milhões de animais, especialmente porcos.
A origem do vírus remonta a 2007 e este foi registado primeiramente na Geórgia. Tem a habilidade de sobreviver mais de 1000 dias em carne congelada e resiste ao tempo tanto em roupas como em veículos de transporte. Foi de forma rápida que o vírus começou a expandir-se pelo mundo.
Acredita-se que o potencial pandémico coloque em perigo mais de três quartos das populações suínas do mundo. Só na China, onde existe mais de metade dos porcos de todo o mundo, acredita-se que em 2019 mais de 100 milhões de suínos morreram. Pouco depois, a doença chegou à Alemanha, um dos países da União Europeia onde existem mais porcos.
Foram mais de 45 os países que reportaram o aparecimento do doença, o que levou muitos proprietários a abates de porcos, deixando várias quintas familiares devastadas e os mercados a sofrerem com proibições na exportação da carne.
“Este é o maior surto animal que alguma vez tivemos no planeta”, explicou Dirk Pfeiffer, um epidemiologista veterinário da Universidade de Hong Kong. Até agora, a única maneira eficaz de rastrear e batalhar contra o vírus é […]