A cigarrinha-verde está a dar que falar nas vinhas do Alentejo! Esta pequena praga alimenta-se da seiva das folhas, causando deformações, manchas e até a morte das folhas. Para monitorizar este problema, a equipa do projeto AI4Leafhopper está a testar se os drones podem ser uma tecnologia efetiva.
Como está a equipa do projeto AI4Leafhopper a medir o impacto da cigarrinha no campo? Com o objetivo de medir o impacto, a equipa definiu um teste experimental que se baseou em:
• Classificação visual: No campo, a equipa classificou a severidade dos sintomas em 5 níveis, desde “sem sintomas” até “mais de 50% das folhas afetadas”.
• Drones em ação: a equipa utilizou o drone DJI Mavic 3M RTK, equipado com câmaras RGB e multiespectral (4 bands), para captar imagens detalhadas das vinhas em Arronches e Estremoz.
• Voos estratégicos: Realizamos voos semanais, sempre no mesmo horário, para garantir a melhor iluminação e imagens de alta qualidade.
• Análise de dados: As imagens captadas pelos drones são processadas em software especializado para criar mapas da vegetação, detecting the individual location of the vine and their canopy size along the season. And calculating Índices de vegetação: Calculamos índices como NDVI, NDRE e GNDVI para avaliar a saúde das vinhas e detetar áreas afetadas pela praga.
Desafios e aprendizagens:
• Os voos de teste iniciais ajudaram a definir as melhores configurações e trajetórias de voo.
• A função “seguir terreno AGL” foi essencial para voar em áreas com declive.
• A altitude mínima de voo do drone (30 metros) limitou a resolução das imagens, difi-cultando a deteção de sintomas iniciais.
Resultados e o que isto significa para os viticultores?
Com esta monitorização aérea, podemos obter uma visão do impacto da cigarrinha-verde não nas fases iniciais, mas sim quando o ataque da praga já está no seu pico e os sinto-mas de gravidade nas folhas são superiores a 25%. Adicionalmente, não foi possível dis-tinguir se as alterações nos valores dos índices de vegetação se deviam apenas à presença da cigarrinha e não a outro stress abiótico. No geral, nesta experiência, o drone pode ajudar a identificar áreas nas vinhas e as variedades que necessitam de atenção especial.
O artigo foi publicado originalmente em InnovPlantProtect.