A segunda edição da Melting Gastronomy Summit, que reúne 12 chefes nacionais e internacionais entre 24 e 27 de novembro, no Porto, vai focar-se na proximidade entre consumidor e produtor, e na consciência alimentar.
“É importante aproximar consumidor e produtor para que tenhamos, cada vez menos, a figura do intermediário”, disse hoje à Lusa o presidente da Associação para a Promoção da Gastronomia, Vinhos, Produtos Regionais e Biodiversidade (AGAVI), entidade organizadora do evento.
Segundo António de Souza-Cardoso, é essencial que o consumidor se habitue a lidar com o produtor, saiba de onde vêm os produtos, como são cultivados e tratados para, assim, evoluir do ponto de vista alimentar.
Algo que contribui para a “necessária” alteração da consciência alimentar, considerou.
Ao longo dos dias desta cimeira internacional de gastronomia, que vai decorrer no renovado Mercado do Bolhão, os 12 chefes vão ser desafiados a cozinhar alguns dos produtos e das receitas que distinguem a gastronomia portuguesa, como as sopas, os azeites, os arrozes, os pratos de porco e de peixe, referiu.
Centrada na temática do produto da terra e do mar, a cimeira desafia os “apaixonados” pela gastronomia, pela matéria-prima e pelo produto nacional a pensarem e valorizarem as descobertas e desafios do setor, vincou.
Uma das novidades da Melting Gastronomy Summit são as ‘table talks’ – provas comentadas em simultâneo com conversas – e ‘live cookings’ (cozinhados ao vivo), que decorrem ao longo dos dias 25 e 26 de novembro, explicou António de Souza-Cardoso.
Com moderação do jornalista e crítico gastronómico Ricardo Dias Felner, estas conversas reúnem chefes e produtores para discutir temáticas distintas numa abordagem de 360 graus ao produto, enquanto os chefes cozinham, apresentam e dão a provar as suas criações.
“Estamos muito satisfeitos por retomar a realização do Melting. Com esta iniciativa, a AGAVI quer que Portugal tenha um palco, com projeção nacional e internacional, para destacar este setor tão relevante para o turismo e com tanto impacto a nível económico”, disse António de Souza-Cardoso.