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Circularidade da Aquacultura… Quando os resíduos são usados como um recurso!

A discussão sobre a autossuficiência alimentar tem sido recorrente no último ano, na sequência da pandemia COVID 19 (nome vulgar) e da guerra da Ucrânia. As limitações e condicionalismos ao transporte e distribuição de bens alimentares, e de outros produtos, vieram evidenciar as fragilidades e vulnerabilidades dos países face à sua dependência alimentar global.

Contudo a ameaça da falta de alimento poderá ser uma realidade num futuro próximo independentemente de pandemias ou guerras. De acordo, com a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura), em 2050 a população mundial irá atingir os 9 biliões (a maioria a viver em cidades), esperando-se um aumento significativo na procura de alimento. Para fazer face a este crescimento demográfico tem-se observado um aumento na produção de alimentos com consequente utilização de água doce, fertilizantes, emissão de gases de efeito de estufa (pegada de carbono1) e perda de importantes ecossistemas captadores desses gases, como é caso a floresta tropical (Fig. 1). A previsão da FAO para o final do séc. XXI é que existirão 11 biliões de habitantes no planeta Terra e isso implicará uma pegada de carbono gigantesca. Acresce, a este cenário, o impacto das alterações climáticas subsequentes.

Área (alimentar) Segura 

Antevêem-se problemas no sector da PRODUÇÃO ALIMENTAR. Investigadores nesta temática apresentaram uma estrutura de gestão de recursos naturais que introduz o conceito de “área segura” e que é limitada por três variáveis: a quantidade de alimento que é necessário produzir face ao aumento da população, o impacto dessa produção de alimento no ambiente, e o seu efeito nas alterações climáticas resultantes. A “área segura” corresponde à zona interior delimitada pelas curvas de evolução destas três variáveis e onde produção de alimento é assegurada, minimizando os impactos ambientais (Fig. 2). Desde o início do séc. XXI que o planeta Terra está fora dessa área segura e as previsões para o futuro mantêm-se!

Para atingirmos essa “área segura”, será fundamental inovar no modo como comemos e produzimos. Para fazer face às alterações climáticas será preciso fazermos mudanças, alterar os sistemas atuais de produção de alimento, tanto agrícolas, como de gado e de pesca, ter novas formas de tratar o lixo, a água e a energia nas cadeias de abastecimento alimentar, restaurar áreas de plantações degradadas, zonas húmidas e florestas, e alterar o tipo de alimentos que consumimos.

Os alimentos e a pegada de carbono 

Uma das alterações que vamos ter de fazer é […]

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