A CNA participou, nos dias 6 e 7 de Fevereiro, em Lisboa, com uma significativa delegação de Agricultores, na Reunião de Alto Nível sobre Agricultura Familiar e Desenvolvimento Sustentável na CPLP (Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa).
O evento, que decorreu no âmbito das actividades do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSAN) da CPLP e no seguimento da Reunião Extraordinária de Brasília (Junho, 2017), onde foram aprovadas as “Directrizes de Apoio e Promoção da Agricultura Familiar nos Estados membros da CPLP”, culminou com a assinatura, dia 7 de Fevereiro, da “Carta de Lisboa Pelo Fortalecimento da Agricultura Familiar”.
Na “Carta”, os seus subscritores “confirmam o compromisso de ampliar o reconhecimento das contribuições da agricultura familiar e das comunidades rurais como produtoras de alimentos saudáveis, promotoras de expressões culturais, sociais e de bens públicos que devem ser protegidos e promovidos mediante políticas públicas específicas, diferenciadas e apropriadas, atendendo às singularidades de cada território, nomeadamente as relacionadas com a insularidade”.
À CNA, organização que ao longo dos seus 40 anos de existência tem lutado em defesa da Agricultura Familiar em Portugal, coube fazer a intervenção final em nome do Mecanismo da Sociedade Civil e também assinar, pelo mesmo Mecanismo, a “Carta de Lisboa Pelo Fortalecimento da Agricultura Familiar”.
A CNA integra o Mecanismo para a Facilitação da Participação da Sociedade Civil no CONSAN-CPLP, através da Plataforma de Camponeses (que conta com organizações dos vários Estados-membros da CPLP).
Esta Reunião de Alto Nível sobre Agricultura Familiar e Desenvolvimento Sustentável na CPLP contou com a participação de representantes dos Ministérios da Agricultura dos Estados-membros da CPLP, bem como de convidados de vários países e organizações, como o Director-Geral da FAO, José Graziano da Silva, ou a Embaixadora da Bolívia junto da ONU, Nardi Suxo, que está a dirigir os trabalhos para o estabelecimento de uma “Declaração dos Direitos dos Camponeses” nas Nações Unidas.