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Com os custos de produção a aumentar a Agricultura Açoriana merecia um maior investimento

Tiago Branco salientou, esta terça-feira, que no contexto de crise inflacionista que atravessamos, com o aumento brutal dos custos de produção que tivemos, nos combustíveis, fertilizantes e rações, o setor agrícola merecia um maior investimento em 2023 e não o “corte previsto pelo Governo Regional de 5 milhões de euros”.

O deputado do PS, eleito pela ilha do Faial, falava à saída de uma visita à Cooperativa Agrícola da Ilha do Faial (CALF), no âmbito das Jornadas Parlamentares do GPPS, subordinadas à análise da proposta de Plano e Orçamento 2023.

Tiago Branco salientou a “importância da unidade fabril da CALF para o Faial e os Açores”, destacando as “cerca de 70 pessoas que lá trabalham”, produzindo queijos e manteiga, cuja qualidade “é reconhecida nos mais diversos níveis”.

O parlamentar do PS apelou ao Governo Regional que “seja um parceiro da viabilidade da CALF” e que “não opte pela opção mais fácil, que é deixar cair, tal como fez com a Cooperativa Ocidental”.

“É verdade que a CALF tem uma situação delicada devido à falta de matéria-prima, mas tem também uma nova Direção, com gente nova, com vontade de recuperar e de inovar na produção e na comercialização”, frisou, salientando o “esforço da nova Direção para inverter a tendência de diminuição de entrega de leite na fábrica”.

Tiago Branco recordou as propostas apresentadas pelo PS/Açores para “estabilizar o preço de transporte de matérias-primas e mercadorias”, mas também para “compensar o aumento de custos de produção das empresas, comparticipando o aumento do custo de aquisição de fatores de produção”.

Outra proposta socialista, sobre a qual “ninguém do Governo Regional se pronunciou sequer”, diz respeito ao “reforço do apoio ao gasóleo agrícola e das pescas” que, caso o Governo assim o entendesse, significaria “uma redução do preço indicativo em 10 cêntimos/litro”.

“O PS/Açores apresentou um pacote de medidas a implementar ainda em 2022, mas o Governo Regional resolveu fazer ‘ouvidos de mercador’. Já os partidos que compõem a coligação, PSD, CDS-PP e PPM, em vez de analisarem as propostas do PS para fazer face a esta crise inflacionista, escolheram atacar o Presidente do PS/Açores, Vasco Cordeiro. Este Governo não está à altura de conduzir os destinos dos Açores, porque não sabe escutar, não aceita propostas de outros e não dialoga. Apresenta uma proposta de Plano e Orçamento para 2023, mas já vai admitindo a hipótese de um orçamento retificativo. É um Governo que vai saltando de crise interna em crise interna, unicamente com o objetivo de se aguentar e não um Governo que pense os Açores no médio e longo prazo”, realçou o deputado do GPPS, Tiago Branco.

Os socialistas reuniram ainda, por videoconferência, com diversos parceiros sociais, entre eles o Presidente da Federação Agrícola dos Açores, Jorge Rita.

Artigo publicado originalmente em PS Açores.


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