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“Combate aos incêndios florestais é fundamental”, alerta Costa na Cimeira do Clima

 

O primeiro-ministro discursou na Cimeira do Clima no Egito onde sublinhou o esforço de Portugal no combate às alterações climáticas, reafirmando o compromisso nessa luta global apesar da crise energética. Salientou a questão dos incêndios e da necessidade da proteção das florestas e anunciou que Portugal vai organizas a conferência internacional sobre incêndios em 2023.

“Uma palavra muito dolorosa sobre os incêndios rurais – uma realidade nem sempre abordada neste fórum [das Nações Unidas], mas da maior importância para a redução de emissões e para a capacidade de a floresta desempenhar o seu papel de sequestro de carbono”, declarou António Costa no seu discurso perante a COP27, que decorre até ao próximo dia 18 em Sharm el-Sheikh, no Egito.

De acordo com o líder do executivo português, estima-se que 6% das emissões mundiais resultem de incêndios de causa humana e assinalou que em anos mais extremos esse valor pode chegar a representar 20%.

“Melhorias significativas nas políticas e nos processos de prevenção e extinção de incêndios são assim um importante contributo para a redução de emissões e a defesa das florestas. É nesse quadro que, em 2023, organizaremos em Portugal a 8ª Conferência Internacional sobre Incêndios Florestais, onde se pretende construir um referencial do risco de incêndio e o modelo de governança do mesmo”, disse.

O primeiro-ministro convidou depois todos os países representados na COP27 a participarem neste evento.

Portugal reafirma o compromisso da neutralidade carbónica apesar da crise energética

“Portugal não perde de vista os seus compromissos. As nossas metas são ambiciosas, mas temos conseguido cumpri-las e até antecipá-las”, defendeu António Costa, fazendo então alusão à entrada em vigor da nova Lei de Bases do Clima, que foi aprovada na anterior legislatura.

“Reforçamos o nosso objetivo de atingir a neutralidade carbónica até 2050, com o compromisso de estudar a viabilidade da sua antecipação até 2045. Conseguimos antecipar em dois anos o encerramento das nossas últimas centrais a carvão, que já deixaram de funcionar no ano passado e, apesar da crise energética, não vamos reativar. Continuamos também a apostar nas renováveis e temos a capacidade e a ambição de passar de importadores de energia fóssil a exportadores de energia verde”, sustentou.

O líder do executivo observou então que as energias renováveis em Portugal “representam já cerca de 60% da eletricidade consumida” no país, sendo a meta “atingir os 80% até 2026”. […]

Veja a reportagem na SIC Notícias.


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