A comissão da indústria do Parlamento Europeu votou favoravelmente para restringir o óleo de soja como matéria-prima para a produção de biocombustível. A decisão coloca esta colheita no mesmo patamar que o óleo de palma no bloco comunitário, avança o portal Euractiv.
A decisão surge devido a preocupações com o impacto ambiental do cultivo de soja em países fora da Europa, onde é culpabilizada pela deflorestação. De acordo com a Federação Europeia dos Transportes e Ambiente (T&E), cerca de 73% da soja utilizada na produção de biocombustível é atualmente importada da América do Sul.
Os legisladores pretendem ainda antecipar o início da data de eliminação progressiva do óleo de palma e da soja – atualmente fixado em 2030 – para aplicar assim que a diretiva entrar em vigor, possivelmente a partir do próximo ano.
As disposições acordadas pelos legisladores incluem um objetivo de redução de emissões de gases com efeito de estufa de 16% (três pontos percentuais acima da proposta original da Comissão), e uma meta de 45% de energias renováveis até 2030 (acima da proposta de 40% apresentada no ano passado).
A proposta tem agora de ser aprovada pelo Parlamento Europeu em voto em sessão plenária, antes das negociações com os Estados-Membros para finalização da lei. O voto está previsto para as sessões entre 12 e 15 de setembro.
O artigo foi publicado originalmente em Vida Rural.