A OLIVUM, Associação de Olivicultores do Sul, tem-se mostrado sempre disponível para colaborar com todas as entidades públicas e privadas de forma a evitar a perturbação dos ecossistemas associados ao olival, bem como para sensibilizar os seus associados para as melhores práticas ambientais de colheita da azeitona.
Com o aproximar da época de colheita, a OLIVUM solicitou reuniões ao Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), ao Instituto de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV), à Direção Regional de Agricultura e Pescas do Alentejo (DRAPAL), bem como a outras organizações da fileira, de forma a recolher informação sobre os meios aconselhados de prevenção e atenuação dos possíveis impactos dos trabalhos de colheita, designadamente no que se refere à apanha mecanizada noturna.
Tendo conhecimento que estão em curso estudos científicos independentes no sentido de avaliar os reais impactos da colheita mecanizada noturna e os seus efeitos na avifauna, a OLIVUM recomendou a todos os associados, através de circular enviada a 11 de outubro, a suspensão voluntária deste tipo de atividade na campanha de 2019.
Adicionalmente, no dia 17 de outubro, a Olivum assinou juntamente com a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), a Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal (CONFAGRI) e a Casa do Azeite, uma proposta de acordo setorial relativo à colheita noturna no olival, onde se recomenda também, a suspensão temporária e voluntária da colheita noturna, sempre que surja risco de impacto negativa na avifauna.
A Olivum aguarda a tomada de posse da nova Ministra da Agricultura tal como da comissão Parlamentar de Agricultura para pedir o agendamento de uma audiência urgente que permita discutir de forma construtiva o futuro do setor. O objetivo é salvaguardar as melhores práticas que permitam a proteção do meio ambiente que serve de sustento a todos os olivicultores.
Os estudos científicos a decorrer, liderados pelas autoridades competentes, serão determinantes para avaliar as consequências reais deste tipo de colheita noturna e permitirão aferir de forma clara cada uma das medidas de salvaguarda da avifauna, sua eficácia e eventuais recomendações/regras para a sua utilização.
A OLIVUM acredita que é muito importante construir um conhecimento seguro e fundamentado acerca dos impactos que a colheita noturna mecanizada pode ter sobre a avifauna que pernoita nos olivais e sobre eventuais medidas de salvaguarda que deverão ser adotadas no futuro.
A OLIVUM considera, assim, precipitadas e sem valor científico as acusações avulsas que estão a ser feitas por algumas associações ambientalistas, uma vez que decorrem estudos, que estão a ser realizados por entidades independentes e credíveis, não havendo, ainda, conclusões sobre os impactos reais da colheita mecanizada noturna.
Reafirmamos que, independentemente da evolução destes estudos científicos, a OLIVUM fez, recentemente, uma recomendação aos seus associados para que evitem a prática da colheita noturna mecanizada nesta campanha de 2019 e até serem conhecidas as conclusões científicas das entidades que estão a estudar a situação. Recomendação essa reforçada pelo acordo setorial relativo à colheita noturna no olival assinado por quatro entidades do setor a 17 de Outubro.
A Direção