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– 21-06-2013 |
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Condi��es climatéricas afectam produtividade das fruteirasAs previs�es agr�colas do INE, em 31 de Maio, apontam para uma diminui��o da produtividade dos pomares de cereja e p�ssego (-5%), afectados pelas baixas temperaturas e excesso de pluviosidade na fase da flora��o/poliniza��o. Nos cereais de Outono/Inverno, as condi��es de encharcamento dos solos limitaram os aumentos dos rendimentos unit�rios face � campanha anterior, sendo que apenas para o centeio e para a cevada se prev�em produtividades superiores � média do �ltimo quinqu�nio (+5% e +15%, respectivamente). Nas culturas de primavera perspectivam-se aumentos na área de milho e de batata de regadio (+5%), manuten��es no tomate para a ind�stria e arroz, e diminui��es no girassol (-10%) e milho de sequeiro (-5%).
O m�s de Maio caracterizou-se, em termos meteorol�gicos, por valores da temperatura inferiores ao normal. De facto, em especial a partir da 2� d�cada do m�s, registou-se uma descida acentuada da temperatura média do ar, com a ocorr�ncia de neve com intensidade e persist�ncia nos locais com cota acima dos 1000/1200 metros. Também os totais mensais de precipita��o foram inferiores � média em todo o territ�rio. Estas condi��es, apesar de pouco favor�veis ao desenvolvimento das culturas, permitiram o normal desenrolar dos trabalhos agr�colas da �poca, em particular as sementeiras primaveris, bem como o corte, secagem e enfardamento de uma parte consider�vel das áreas destinadas a forragem. Ao longo do m�s de Maio verificou-se uma diminui��o gradual da percentagem de �gua no solo, em rela��o � capacidade de �gua utiliz�vel pelas plantas, tendo-se fixado, no final do m�s, abaixo dos 30% em algumas regi�es do Centro e praticamente em todo o Sul. Matéria verde abundante nos prados, pastagens e culturas forrageiras De uma forma geral os prados, pastagens e culturas forrageiras apresentam um bom desenvolvimento vegetativo, tendo beneficiado das disponibilidades h�dricas muito superiores �s observadas no ano transacto. Prev�em-se aumentos significativos dos rendimentos unit�rios destas culturas, o que, conjugados com uma boa qualidade dos fenos entretanto j� colhidos, permite antever um ano sem grandes dificuldades na alimenta��o das diferentes especies pecu�rias. A utiliza��o de ra��es industriais tem-se praticamente restringido aos arra�oamentos na pecu�ria de leite. área de milho com subida sustentada Apesar de algum atraso, em consequ�ncia das condi��es de satura��o que muitos solos apresentaram até meados de Abril, as sementeiras de primavera decorreram com relativa normalidade. No que diz respeito ao milho para gr�o, salienta-se o aumento das áreas de regadio (sem restrições, no corrente ano agr�cola, quanto a disponibilidades h�dricas), bem como as cota��es tendencialmente elevadas desta commodity no mercado mundial (que t�m antecipado a incerteza da produ��o deste ano nos EUA, um dos principais produtores mundiais). Estas condi��es contribu�ram para que a área desta cultura em regadio previsivelmente se aproxime dos 97 mil hectares (+5% face a 2012), em linha com a tend�ncia observada nos �ltimos 3 anos. De referir ainda que as baixas temperaturas t�m dificultado a germina��o e o desenvolvimento de algumas searas. Quanto ao arroz, cultura particular na forma de instala��o (em canteiros), que condiciona a sua realiza��o a circunst�ncias e localiza��es muito espec�ficas, prev�-se que a área semeada se mantenha inalterada face a 2012 (31 mil hectares). Apesar da elevada taxa de emerg�ncia, as plantas apresentam um reduzido desenvolvimento vegetativo, uma vez mais devido �s baixas temperaturas que se fizeram sentir. Manuten��o da área plantada de tomate para a ind�stria Os trabalhos de prepara��o dos solos para a cultura do tomate foram bastante condicionados nas lez�rias do Tejo e do Sorraia pelo excesso de humidade, tendo sido iniciados apenas na 2� quinzena de Abril. A partir da�, e com os trabalhos a decorrerem em ritmo bastante acelerado, tem sido poss�vel recuperar o atraso, embora a falta de escalonamento temporal das plantações tenha instalado alguma incerteza, sobretudo porque previsivelmente originar� uma concentra��o da matura��o. Registaram-se Também, ainda que de forma pontual, alguns constrangimentos nas plantações por falta de plantas nos viveiristas. A área plantada dever� ser semelhante � da campanha anterior (14 mil hectares). No que diz respeito ao girassol, estima-se uma redu��o de 10%, face a 2012. área de batata de regadio pr�xima da média dos �ltimos anos Apesar do atraso das plantações de batata de regadio, que ainda decorrem em alguns locais, � de esperar um aumento da área face � campanha anterior, alcan�ando os 20 mil hectares. Cereais de Outono/Inverno com desenvolvimento heterog�neo O prolongado período de chuvas do corrente ano agr�cola, apesar de ter possibilitado a reposi��o dos n�veis dos len��is fre�ticos e das reservas superficiais de �gua, acabou por ter efeitos nefastos no desenvolvimento de algumas searas de cereais de Outono/Inverno. As condi��es de encharcamento do solo nos terrenos de pior drenagem conduziram a situa��es de asfixia radicular, com fraco desenvolvimento das plantas. Também em muitos casos não foi realizada qualquer aduba��o azotada nem aplicados herbicidas, encontrando-se as culturas completamente dominadas por infestantes. A conjuga��o destes factores determinou que, apesar de significativamente melhor que o do ano anterior, o rendimento unit�rio previsto para o trigo (mole e duro), para o triticale e para a aveia tenha ficado abaixo da média do �ltimo quinqu�nio. No caso do centeio espera-se um aumento de produtividade de 25%, face a 2012. Para a cevada esse aumento dever� ser de 60%, essencialmente por motivos fisiol�gicos/agron�micos (cereal de sementeira mais tardia e, consequentemente, menos afectado pela invernia). Batata de sequeiro com reduzido rendimento unit�rio Também para a batata as condi��es de satura��o dos solos foram prejudiciais. As plantações foram atrasadas, tendo o excesso de humidade criado condi��es para o apodrecimento da batata-semente e para o surgimento de ataques de m�ldio e altern�ria, observando-se muitos batatais irregulares, com manchas mortas. As temperaturas não t�m sido favor�veis ao desenvolvimento de um grande n�mero de tub�rculos, com repercuss�es nas produtividades alcan�adas, que se estimam, para a batata de sequeiro, semelhantes �s de 2012 (7,7 t/ha), uma das mais baixas das últimas d�cadas. Rendimento da cereja afectado pelo excesso de chuva e baixas temperaturas O in�cio da apanha das variedades precoces de cereja, com cerca de 2 semanas de atraso em rela��o ao normal, veio confirmar os reflexos negativos que o excesso de pluviosidade e as baixas temperaturas na fase da flora��o/poliniza��o tiveram no vingamento e no desenvolvimento dos frutos. Prev�-se que a produtividade seja inferior (-5%) � alcan�ada em 2012, campanha que Também j� tinha sido bastante afectada por condicionalismos climatéricos. Os pomares de pessegueiros, principalmente das variedades tempor�s, foram afectados pela precipita��o na flora��o e no vingamento do fruto, prevendo-se que o rendimento unit�rio desta cultura decres�a 5% face a 2012. As vinhas apresentam um aspecto vegetativo exuberante, prevendo-se um aumento de 5% na produtividade da uva de mesa, face � campanha anterior. Fonte: INE
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