Congresso GS1 Portugal: transformação digital potencia oportunidades globais

O Congresso GS1 Portugal apontou novas realidades de integração em contexto digital, trazendo a Portugal o exemplo do gigante do comércio eletrónico Alibaba. A intervenção fez parte de um evento que juntou em debate gestores, decisores políticos e convidados internacionais para abordar a “Indústria 4.0” e o papel do consumidor no centro das redes de valor colaborativas e da digitalização da economia.

Lisboa, 17 de outubro de 2018 – O quarto Congresso da GS1 Portugal juntou hoje, em Lisboa, gestores e decisores para debater de que modo a transformação digital veio revolucionar o dia a dia de empresas e consumidores, num contexto de novos modelos de negócio, simplificação de processos, aproximação de marcas e Pessoas e uma exigência urgente de respostas, nunca antes vivida.

Na iniciativa, a GS1 Portugal trouxe a Portugal Alba Ruiz Laigle, Business Development Manager do Alibaba Group em Espanha e Portugal, apresentando a empresa global de tecnologia líder em comércio eletrónico e um caso de estudo pela capacidade de dinamização do mercado a nível global, através de um vasto ecossistema de apoio que cria oportunidades semelhantes para pequenas, médias e grandes empresas num meio onde “todos aqueles que querem ter um negócio podem ser bem-sucedidos”. Nesta plataforma digital, o ecossistema do Alibaba Group – “Alibaba Ecosystem” – posiciona os consumidores e os comerciantes no centro, juntando 10 milhões de retalhistas e 576 milhões de consumidores ativos.

Esta é uma oportunidade para as marcas portuguesas entrarem no mercado da China e chegarem a outros pontos do globo através desta plataforma. Como primeiro momento de contacto com as empresas nacionais, o Alibaba Group realiza um evento de apresentação em Lisboa, já no próximo mês de novembro.

A iniciativa contou ainda com a intervenção de Ulrike Kreysa, Vice-presidente da GS1 AISBL, Healthcare, que explicou o que está a mudar no setor da Saúde a nível mundial com a implementação de Standards únicos e globais da GS1 para a identificação dos medicamentos (“Diretiva UE dos Medicamentos falsificados e o Contributo dos Standards GS1 no Setor da Saúde“).

Porque os Standards GS1 são transversais, também este setor pode beneficiar da implementação de códigos únicos, inequívocos e globais. Um facto que se torna realidade já a partir de fevereiro de 2019. O objetivo passa por garantir, sempre, o melhor tratamento numa realidade em que ainda existem um milhão de pessoas que morrem, por ano, devido a medicamentos falsificados, tornando-se este identificador único um meio de prevenir que estes entrem na cadeia de valor na Europa.

Ulrike Kreysa lembrou que, também no que diz respeito aos dispositivos médicos, há uma necessidade de identificação e com a implementação do Standard GS1 a nível global a informação sobre o produto fica acessível e disponível.

Robert Beideman, Chief Solutions e Innovation Officer da GS1 AISBL, trouxe a debate o desafio em torno de como podem as empresas garantir a sua presença no mundo físico e online, otimizando o que cada uma oferece enquanto oportunidade de negócio (“A Senda do Gémeo Digital”). Na era do digital, a informação torna-se um ativo estratégico das empresas. Os consumidores exigem, em tempo real, informação fidedigna e completa. Para isso é necessário garantir a integração do físico e do digital para garantir o sucesso dos negócios de hoje. “A identificação de tudo torna tudo possível”, afirmou Robert Beidman, lembrando que a missão critica é a qualidade dos dados porque é esta a forma dos consumidores encontrarem os produtos. A identificação faz a ponte entre o mundo físico e o mundo digital e o Standard GS1 permite que o artigo físico tenha um ‘gémeo’ digital, beneficiando o consumidor e a marca.

Álex Rovira, especialista internacional em Psicologia da Liderança e Inspiring Speaker, foi o último orador convidado, com o desafio de traçar as tendências a enfrentar no futuro próximo e o papel das Pessoas como fator determinante para a sustentabilidade dos negócios.

Coube a João de Castro Guimarães, Diretor Executivo da GS1 Portugal, encerrar este quarto Congresso com um resumo das principais ideias partilhadas ao longo da jornada de debate. O momento serviu ainda para reforçar a necessidade de partilha e colaboração entre produtores, distribuidores e consumidores. Por isso, a GS1 Portugal, enquanto entidade neutra que promove o debate entre parceiros de negócio, irá realizar anualmente o seu Congresso, anúncio feito no final da intervenção do Diretor Executivo.

No arranque deste Congresso, ainda no período da manhã, conquistou destaque o impacto do “Digital” na dimensão macroeconómica, com a apresentação de Luís Marques Mendes, Advogado e Consultor. O tema “Desafios de Portugal no contexto Europeu e Mundial” deu o mote para uma intervenção que foi muito além dos negócios e abordou as potencialidades de Portugal num contexto mundial e o que fazer para acompanhar a evolução dos tempos. Já João Vasconcelos, Fundador do Think Tank CONSELHO, convidou a repensar a indústria 4.0 enquanto entrada definitiva e inevitável das tecnologias de informação no dia a dia das empresas e das Pessoas eo seu impacto na realidade existente (“Indústria 4.0 e a Digitalização da Economia”).

A discussão prosseguiu com o foco no contexto empresarial. Ana Paula Barbosa, Retailer Services Director na Nielsen Portugal, abordou o tema “Tendências 2020: foco no Shopper”. Num mercado cada vez mais populado por gerações que não conhecem o mundo sem internet e marcado pelo crush da lealdade dos consumidores face às marcas, quais os desafios e oportunidades que as empresas enfrentam num mercado marcado por consumidores menos fiéis, mais exigentes e mais voláteis nas suas necessidades?

Graças ao papel neutro da GS1 Portugal na promoção da eficiência e colaboração, esta quarta edição contou, mais uma vez, com um momento único a nível nacional: o debate entre fabricantes de marcas e retalhistas sobre a atualidade e o futuro dos negócios. O Painel Debate acerca da temática “O Consumidor no Centro das Redes de Colaboração Digital” integrou representantes de empresas do setor do Retalho e Bens de Consumo: Pedro Cid (Auchan Retail Portugal), Rui Miguel Nabeiro (Delta Cafés), Margarida Neves (Johnson & Johnson), Paolo Fagnoni (Nestlé Portugal), David Alves (Sonae MC) e António Casanova (Unilever Fima).

A Economia Digital está a transformar o dia a dia de Pessoas e Negócios. Dos impactos destacam-se: (1) a transformação de processos de negócio; (2) a crescente necessidade de colaboração entre empresas; (3) e a relação entre as empresas e consumidores. Neste cenário, a cadeia de valor dá lugar a uma rede colaborativa, sendo o consumidor o centro dos negócios.CongressoGS1Portugal_01


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