Conheça a aldeia que é ‘pintada’ em tons de roxo todos os anos e não fica ‘muito longe’

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Todos os anos, os campos de lavanda desta aldeia francesa enchem-se de cor e perfume, criando um cenário natural que atrai milhares de visitantes. As flores roxas estendem-se em linhas que se perdem no horizonte, compondo paisagens que parecem retiradas de um filme. O aroma intenso, o contraste das cores com o céu limpo e a vegetação envolvente tornam este período num dos mais aguardados pelos viajantes.

Uma tradição com raízes antigas

Segundo a NiT, a lavanda não é originária desta zona. Acredita-se que terá chegado à Europa trazida por comerciantes gregos por volta de 600 a.C., tendo sido mais tarde cultivada pelos romanos, que descobriram as suas propriedades medicinais e aromáticas.

Com o passar dos séculos, o uso da lavanda evoluiu e ganhou relevância no início do século XX com a indústria da perfumaria, especialmente na cidade de Grasse, no sul de França.

Foi neste contexto que a lavanda começou a ser cultivada em larga escala nesta aldeia, na região de Provença, aproveitando as condições climáticas favoráveis e os cerca de 300 dias de sol por ano.

Valensole e outras paisagens de cortar a respiração

O planalto de Valensole, com mais de 800 quilómetros quadrados e localizado entre os 500 e os 700 metros de altitude, é um dos locais mais procurados para observar os campos em flor.

O solo calcário e o clima mediterrânico criam as condições ideais para esta cultura. Entre finais de junho e meados de julho, as encostas cobrem-se de lavanda, com tons roxos que contrastam com o azul do céu e os verdes das colinas.

Outro ponto de grande interesse é a abadia de Sénanque, construída em 1149 por monges cistercienses, que se encontra rodeada por campos floridos.

Na zona de Drôme, menos visitada, a lavanda pode ser admirada entre duas aldeias pitorescas: Montbrun-les-Bains e La Garde-Adhémar.

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Celebrações que mantêm viva a identidade local

A lavanda tem também um papel importante na vida cultural e económica desta aldeia. Entre 15 de julho e 15 de agosto decorrem várias festividades dedicadas à flor, como a Fête de la Lavande, em Ferrassières, uma vila com apenas 100 habitantes situada a mil metros de altitude.

Este festival acontece sempre no primeiro domingo de julho, este ano será no dia 6, e inclui caminhadas organizadas pelos moradores, demonstrações de corte tradicional, desfiles com música ao vivo, exposição de maquinaria agrícola, oficinas de sabonetes e passeios de pónei para crianças.

Sault, localizada junto ao Monte Ventoux, recebe a 15 de agosto uma das maiores celebrações de lavanda do mundo. O evento conta com desfiles de trajes típicos, bicicletas antigas decoradas, tratores floridos e várias feiras dedicadas a produtos derivados da lavanda.

Como e quando visitar os campos em flor

A melhor altura para ver os campos, desta aldeia, em plena floração é entre o final de junho e meados de julho. Depois desse período inicia-se a colheita, e o cenário muda rapidamente.

As flores são cortadas e transformadas em óleos essenciais, sabonetes, perfumes ou arranjos artesanais.

Segundo a NiT, é fácil chegar aos campos de lavanda a partir de Marselha, que se encontra a cerca de uma hora e meia de carro do planalto de Valensole.

A partir de Lisboa há voos de ida e volta a partir de 57€, do Porto a partir de 52€, e de Faro desde 36€. Será necessário alugar um carro para chegar às zonas de cultivo.

Mais do que beleza: um legado vivo

Os campos de lavanda não são apenas um atrativo visual. São também símbolo de uma longa tradição agrícola e cultural.

Além de contribuírem para o turismo, representam uma importante fonte de rendimento e ajudam a preservar técnicas agrícolas ancestrais.

Todos os anos, de acordo com a NiT, o ciclo repete-se com pontualidade. A floração dura poucas semanas, tornando cada visita única e reforçando o fascínio que estes campos continuam a exercer sobre quem os visita.

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