
Há quem lhe chame a fruta do verão. Doce, fresca e rica em água, a melancia é presença habitual em refeições ao ar livre, piqueniques, sumos e até cocktails, Mas para aproveitar o melhor do seu sabor e escolher uma doce, é essencial apanhá-la, ou comprá-la, no ponto certo de maturação. E isso, como explica um agricultor norte-americano ao site da apresentadora Martha Stewart, está longe de ser um jogo de sorte.
De acordo com Ben Horton, produtor da Healthy Harvest Farms na Florida, Estados Unidos, as melancias não continuam a amadurecer depois de colhidas. Podem tornar-se ligeiramente mais vermelhas por dentro, mas o grau de doçura mantém-se inalterado. “A fruta tem de amadurecer completamente ainda na planta”, afirma o agricultor, citado pelo mesmo site.
Para quem compra melancia no supermercado ou na mercearia, isto significa que é preciso estar atento a sinais visuais, tácteis e até sonoros. Alguns desses sinais são conhecidos de quem cultiva, mas menos óbvios para o consumidor comum.
Uma forma regular e uma mancha bem visível
O primeiro aspeto a observar é a forma. Quer seja redonda ou mais alongada, que varia consoante a variedade, a melancia ideal deve apresentar um contorno simétrico e sem deformações visíveis. Irregularidades, amolgadelas ou saliências podem indicar um crescimento desigual ou até zonas secas no interior.
Outro indicador importante é a chamada “mancha de campo”. Trata-se da área da casca que esteve em contacto com o solo durante o crescimento. Segundo Horton, uma mancha bem visível, de cor amarela-cremosa, é sinal claro de que a melancia amadureceu ao sol durante tempo suficiente. Manchas esbranquiçadas ou muito pálidas, pelo contrário, podem revelar uma colheita prematura.
Uma superfície baça e riscos bem definidos
Ao contrário do que se poderia pensar, uma melancia brilhante não é necessariamente sinal de qualidade. Explica o site da apresentadora que uma superfície ligeiramente baça, com riscas verde-escuras marcadas e consistentes, tende a corresponder a frutos mais maduros. Também é possível encontrar pequenas marcas castanhas semelhantes a teias, que embora esteticamente discutíveis, estão associadas a maior teor de açúcar.
O som certo ao bater
Entre os métodos mais tradicionais, está o famoso “teste da pancada”. Horton recomenda bater levemente com os nós dos dedos na casca e escutar com atenção. Um som oco e profundo indica uma polpa densa e sumarenta. Sons baços, por outro lado, sugerem fruta ainda verde ou já demasiado madura.
O peso também conta
Finalmente, há que ter em conta o peso. Entre duas melancias de tamanho semelhante, a mais pesada é geralmente a mais madura, por conter mais sumo no interior. O conselho do agricultor é simples: pegar em várias e comparar.
O site da Martha Stewart sublinha que estas técnicas, embora simples, podem ajudar a evitar a desilusão de levar para casa uma melancia insípida ou, como dizem alguns agricultores, que sabe a pepino. Não é apenas uma questão de sorte, mas de saber o que procurar.
Com estes sinais em mente, escolher uma boa melancia doce torna-se mais fácil.