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Continente reforça clube de produtores. Comprou mais de 71,3 milhões até março

 

O Continente comprou até março mais de 71,3 milhões de euros em produtos nacionais, mais cinco milhões do que em relação aos primeiros três meses do ano passado, um reforço de compras para ajudar a escoar a produção nacional na fase de emergência que o país atravessa por causa da pandemia do Covid-19.

A cadeia de retalho da alimentar da Sonae já tinha anunciado a intenção de reforçar o Clube de Produtores Continente, tendo em duas semanas integrado 40 novos membros, elevando o número para mais de 240.

“O momento exige uma atitude responsável e mobilizadora. É isso que estamos a desenvolver ao alargar a rede do Clube de Produtores Continente. Precisamos de apoiar, de um modo sustentado, aqueles que sentem mais de perto os efeitos de uma crise de dimensões ainda por definir. Estamos, como sempre, com quem esteve connosco e com quem pretende associar-se. Juntos somos mais fortes e conseguiremos superar as dificuldades. Tudo isto, salvaguardando naturalmente os rigorosos procedimentos de qualidade e segurança alimentar dos produtos que comercializamos”, afirma Ondina Afonso, presidente do Clube de Produtores Continente, citada em nota de imprensa.

Entre janeiro e março, o Continente comprou mais de 71,3 milhões de euros em produtos nacionais.”No segmento frutas e legumes, um dos que mais procura registou durante a pandemia, as compras nacionais representaram um crescimento superior a 4 milhões de euros em relação a 2019, superando os 28 milhões de euros”, informa a cadeia em nota de imprensa.

Em 2019 foram adquiridas mais de 160 mil toneladas de bens agroalimentares, entre os quais produtos exclusivos de origem certificada como as laranjas do Algarve, maçãs de Alcobaça e da Beira Alta ou a pera rocha do Oeste.

O ministério da Agricultura tinha feito no início de abril um apelo aos membros da APED para reforçarem as suas compras nos produtores agroalimentares nacionais, bem como pequenos produtores de carne autóctone ou queijos, para ajudar a mitigar o impacto do surto de coronavírus, tal como avançou o Dinheiro Vivo.

Desde a chegada do coronavírus a Portugal, o Continente “contactou proativamente produtores de carne e associações do sector para escoamento do excesso de produção e, assim, adquiriu mais 1.500 toneladas de carne nacional nos três primeiros meses deste ano do que em 2019, o que representa 37 milhões de euros e um peso de 80% no total de compras neste segmento”, informa a cadeia. Na carne de bovino, triplicaram o valor comprado a produtores nacionais e, do total de frango disponível nas lojas, 92% é de origem nacional.

Já no pescado, adquirido diariamente em 14 lotas portuguesas, em 2020, as compras são superiores a 550 toneladas. O Continente aumentou em mais de 50% as compras de espécies como robalo, dourada, pregado e truta a projetos nacionais de aquacultura. “Este valor continuará a crescer significativamente, já que o Continente está a participar no desenvolvimento de um projeto de aquacultura nacional, que produzirá cerca de 1.200 toneladas de dourada portuguesa a partir do 2º trimestre do ano”.

O Clube de Produtores Continente criou ainda um programa de pagamentos antecipados aos pequenos produtores para ajudar nas condições de tesouraria.


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