Em causa está possível “gestão danosa” de Zona Especial de Conservação da Serra da Lousã, diz organização não-governamental Milvoz. Município também está preocupado.
A operação de corte de árvores está a decorrer há semanas e há já vários hectares de terreno desflorestado na Zona Especial de Conservação da Serra da Lousã. A denúncia partiu da Organização Não Governamental Milvoz, que levanta a hipótese de haver “gestão danosa” desta área que está classificada como sítio de Rede Natura 2000.
“A intervenção mais agressiva e em maior escala situa-se entre o Vaqueirinho e o Talasnal”, duas aldeias da Lousã, explica o biólogo Manuel Malva, da Milvoz. “Depois existem outras zonas de corte dispersas um pouco por toda a serra, sendo que a grande maioria delas ainda está em curso” diz ao PÚBLICO. O mesmo acontece em pontos como Casal Novo, Topo das Bruxas ou Cabeço da Urtiga.
No sábado, dia 6, a Milvoz publicou um texto nas redes sociais em que denuncia a “extracção de grandes quantidades de madeira de pinho, tendo sido também verificado o corte de folhosas com elevado interesse de conservação como castanheiros, carvalhos e vidoeiro”. A ONG dá também conta de relatos de moradores da zona e apela ao envio de exposições ao Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e à Inspecção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território […]