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Costa do Marfim, líder mundial de produção de caju, vai triplicar capacidade de transformação em 2022

A Costa do Marfim, líder mundial na produção de castanha de caju, vai construir três fábricas de transformação deste produto a partir de 2022, anunciou hoje a entidade nacional gestora do setor, Cotton and Cashew Council (CCA).

“As explorações agroindustriais de Brobo (centro), Yamoussoukro (centro) e Bondoukou (leste) vão processar quase 300.000 toneladas por ano a partir de 2022”, anunciou Karim Berthé, diretor de transformação da CCA, em declarações à agência France Presse.

“Estas unidades irão aumentar a taxa de transformação local de 10 para 40%”, acrescentou Berthé.

No ano passado, a produção bruta de caju da Costa do Marfim atingiu, pela primeira vez, o milhão de toneladas – contra 850.000 toneladas em 2019 – de acordo com números oficiais. Mas apenas 10% dessa produção foi transformada localmente.

A Costa do Marfim, que tem 250.000 produtores agrupados em cerca de vinte cooperativas, e persegue o objetivo de colocar a taxa de transformação local da sua produção bruta de castanha de caju nos 50% até 2025.

Para atingir alcançar essa meta, o governo da Costa do Marfim e o Banco Mundial concluíram um acordo em 2018 para o desenvolvimento de quatro zonas agroindustriais (ZAI) dedicadas ao processamento, um investimento com um custo total estimado de 200 milhões de dólares (172,4 milhões de euros).

O miolo da castanha de caju é utilizado na culinária e cosmética, enquanto a resina contida na sua casca é utilizada em várias aplicações industriais, nomeadamente em sistemas de travagem de aviões.

As castanhas de caju cru são exportadas para a Índia, Vietname e Brasil, onde existem indústrias transformadoras, antes de chegarem aos principais países consumidores: Índia, Estados Unidos, União Europeia, China, Emirados Árabes Unidos e Austrália.

A castanha de caju é também o principal produto produzido na Guiné-Bissau, que é um dos maiores produtores do mundo.


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