A Comissão Europeia aprovou hoje um pacote de medidas à agricultura, no âmbito das ajudas para menorizar as consequências da pandemia da covid-19, e que incluem apoio à armazenagem nos setores do leite e da carne.
A União Europeia irá, assim, suportar os custos da armazenagem privada de laticínios (leite desnatado em pó, manteiga e queijo) e carne (bovino, ovino e caprino), o que permite aos produtores enfrentarem o excesso de oferta no mercado com a retirada de produtos entre um período mínimo de dois a três meses e um máximo de cinco a seis meses, o que possibilitará um reequilíbrio do mercado a longo prazo.
Por outro lado, o executivo comunitário autorizou medidas de auto-organização do mercado pelos operadores dos setores mais afetados – frutas e produtos hortícolas, azeite, apicultura e vinho, permitindo a reorientação de fundos para medidas prioritárias de gestão da crise nestes setores.
A derrogação excecional das regras da concorrência na UE é outra medida adotada, que permite aos setores dos laticínios, da floricultura e das batatas que organizem medidas coletivas para estabilizar os mercados, passando pela retirada de produtos do mercado ou financiando o armazenamento privado, num período máximo de seis meses.
A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou cerca de 178 mil mortos e infetou mais de 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Mais de 583 mil doentes foram considerados curados.
O “Grande Confinamento” levou o Fundo Monetário Internacional (FMI) a fazer previsões sem precedentes nos seus quase 75 anos: a economia mundial poderá cair 3% em 2020, arrastada por uma contração de 5,9% nos Estados Unidos, de 7,5% na zona euro e de 5,2% no Japão.
Para Portugal, o FMI prevê uma recessão de 8% e uma taxa de desemprego de 13,9% em 2020.