A Câmara da Covilhã disse hoje querer que o Governo aprove apoios diretos para os agricultores, depois do mau tempo de domingo, que provocou “prejuízos muito elevados” e uma situação de “calamidade” nas produções do concelho, nomeadamente no pêssego
“É um cenário de calamidade e uma situação muito preocupante. Num momento de pandemia e de recessão económica, acresce agora esta intempérie extrema que veio arruinar os campos e dar a machada final àquela que é uma fonte de rendimento muito significativa no concelho”, frisou o presidente da Câmara da Covilhã, Vítor Pereira.
O autarca deste concelho do distrito de Castelo Branco explicou que a trovoada intensa de domingo, com granizo, chuva e vento, afetou com maior intensidade a zona que faz fronteira com os concelhos de Belmonte e do Fundão, nomeadamente nas freguesias de Peraboa e Ferro.
Segundo frisou, nessa zona registam-se prejuízos de 80 a 90% em todos os setores de produção agrícola e culturas da época, com especial destaque para a produção de pêssego, que é muito representativa neste concelho.
Em termos globais, a situação com perdas ronda os 30 a 40%, mas Vítor Pereira lembra que essa destruição é suficiente para deixar muitos agricultores “a braços com problemas sérios”.
“Estamos a falar de prejuízos graves, até porque a área mais afetada é uma importantíssima zona de produção, nomeadamente frutícola, e que ficou com quase toda a produção destruída”, salientou.
Vítor Pereira referiu ainda que ao nível da horticultura as perdas devem rondar os 80 a 90% e que há prejuízos significativos nas vinhas, sendo que estas foram muito afetadas pela força do vento.
“É urgente que os nossos agricultores e os nossos fruticultores sejam alvo de ajudas, auxílios e apoios porque, se o efeito colateral da covid-19 já era grave, esta intempérie e estes fenómenos meteorológicos extremos só vêm acumular prejuízos sem precedentes”, frisou.
Vítor Pereira garantiu que já solicitou uma reunião ao Ministério da Agricultura no sentido de pedir “ajuda urgente” para os agricultores, muitos dos quais sem outras fontes de rendimento para além das produções, agora arruinadas, e que “terão dificuldade em retomar a normalidade”.
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