Responsáveis por 72 % das importações de soja da UE, os EUA são atualmente o fornecedor número um da Europa. Por outro lado, a Europa é o principal destino das exportações de soja dos EUA (22 %), seguida da China (18 %) e do México (9 %).
O aumento do comércio numa série de domínios e produtos, incluindo a soja, era um dos objetivos da Declaração Conjunta acordada entre os presidentes Juncker e Trump em 25 de julho de 2018. A Comissão Europeia está a dar seguimento ao seu compromisso e tem vindo a publicar regularmente dados sobre as importações, pela UE, de soja proveniente dos Estados Unidos. Hoje é publicado o quinto relatório de atualização sobre o comércio de soja com os EUA.
O relatório hoje publicado revela que:
- Em comparação com as 42 primeiras semanas da campanha de comercialização de 2017/2018 (de julho a meados de abril), na atual campanha de comercialização as importações de soja proveniente dos EUA aumentaram 121 %, tendo alcançado 8 244 594 toneladas.
- A parte dos EUA no total das importações de soja para a UE passou a ser de 72 %, em comparação com 36 % no mesmo período do ano passado. Estes dados colocam os EUA à frente do Brasil (21 %), que é o segundo maior fornecedor da UE, seguido pela Ucrânia (2,3 %), Canadá (1,8 %) e Paraguai (0,7 %).
Em janeiro de 2019, a Comissão concluiu que a soja dos EUA satisfaz os requisitos técnicos aplicáveis aos biocombustíveis na UE, uma decisão que cria as condições para que estas exportações cresçam ainda mais, alargando as suas oportunidades de mercado na Europa.
Os Estados Unidos são igualmente a principal origem das importações agroalimentares da UE em geral. Os dados mais recentes mostram que, entre fevereiro de 2018 e janeiro de 2019, o valor das importações agroalimentares provenientes dos EUA aumentou 14 %. Isto representa um aumento de valor de 1,5 mil milhões de EUR, principalmente devido ao aumento das importações de soja, bagaço de soja e outros produtos.
Contexto
A UE importa cerca de 14 milhões de toneladas de soja por ano para inclusão, como fonte de proteínas, na alimentação dos seus animais, designadamente de galináceos, suínos e bovinos, assim como para produção de leite. Devido aos seus preços competitivos, a soja proveniente dos EUA é uma opção muito atrativa para os importadores e utilizadores europeus para a alimentação animal.
Os dados constantes do relatório sobre a soja hoje publicado provêm do Observatório do Mercado das Culturas, criado pela Comissão Europeia em julho de 2017 para partilha de dados e análises de curto prazo sobre o mercado, de modo a assegurar maior transparência.
Para mais informações
Anexo