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Depois do Angus e da uva, dona do Pingo Doce aposta na laranja e borrego biológico

Este ano o retalhista alimentar conta investir entre 15 a 20 milhões de euros no agroalimentar.

Depois da carne Angus, do peixe de aquacultura e das uvas biológicas sem grainha o grupo Jerónimo Martins continua a apostar no agroalimentar. Laranja e borrego biológico são as novas linhas de investimento. Grupo já tem licença para produção de peixe em aqualcultura ao largo da costa de Vila Real, no Algarve. Este ano contam investir entre 15 a 20 milhões de euros no agroalimentar.

“Fizemos também uma parceria para produzirmos 150 toneladas de laranja biológica no Alentejo, com um parceiro local, como sempre fazemos. E o outro negócio será um investimento em borregos biológicos na área do Fundão, também com um parceiro local que vai começar em março deste ano”, adiantou Pedro Soares dos Santos, CEO do retalhista alimentar, quando questionado pelo Dinheiro Vivo sobre eventuais novos investimentos do grupo no setor agroalimentar.

“Mais novidades, mais para o fim do ano teremos. A JM já fez uma experiência nesta área e vai tomar a decisão se vai ser ou não um player importante nesta matéria.”

O grupo já tem quintas onde produz carne Angus, uma fábrica de leite, bem como operação e aquacultura na Madeira e em Sines. O ano passado anunciou uma parceria com o produtor Vale da Rosa para a produção de uva biológica sem grainha, um investimento de 7 milhões de euros, com as primeiras vindimas em 2024.

Já este ano, anunciou a compra da maioria de capital da marroquina Mediterranean Aquafarm para a instalação de jaulas em alto mar ao largo da costa Leste de Marrocos, para a produção de robalo, dourada e corvina. Um investimento na compra de posição de 66,68% com um “valor irrisório” na “ordem dos milhares de euros”, segundo adiantou Ana Luísa Virgínia, a administradora financeira do grupo.

“Mais importante é o que vamos fazer ao largo de Vila Real de Santo António que também estamos licenciados para tal”, disse Pedro Soares dos Santos.

“Vamos ter produção de aquacultura na costa do Algarve, na costa Leste de Marrocos, na Madeira e vamos continuar com a produção que temos no Alentejo (Sines). E se nos forem dadas mais licenças seria no salmão na zona de Aveiro no qual continuamos a trabalhar”, disse ainda.

O foco será na produção de “robalo, corvina e dourada o grande consumo que existe nessa matéria”, precisa.

O grupo já investiu cerca de 120 milhões de euros (valor acumulado) no setor agroalimentar, estando previsto este ano que seja alocado – dos cerca de 700 milhões de euros previstos – entre 15 a 20 milhões para esta área de negócio, adiantou a administradora financeira.

O artigo foi publicado originalmente em Dinheiro Vivo.


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