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– 07-07-2014 |
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APROLEP – Associação dos Produtores de Leite de Portugal Descida do preço do leite esmaga margem dos produtoresOs principais compradores de leite em Portugal anunciaram uma descida do preço do leite ao produtor a partir de 1 de Julho, cerca de 1,5 cêntimos; Trata-se da segunda baixa do preço este ano, sendo o valor acumulado nas descidas de 4 cêntimos por litro para a maioria e até de 5 cêntimos para alguns produtores. Esta nova descida acontece em contraciclo com os principais países produtores de leite na Europa que depois de terem registado algumas descidas no início da primavera já estão com recuperação de preços. É lamentável que a nossa indústria de lacticínios não seja capaz de pagar o leite português ao nível da média europeia apesar de registar lucros consideráveis e proporcionar salários e mordomias principescas para alguns administradores, o que revoltam os produtores de leite. A perpetuação de baixos preços e grandes injustiças leva ao desânimo, ao abandono da produção e desencoraja a instalação de jovens agricultores, tendo como consequência o envelhecimento do sector leiteiro. Que estratégia é esta? Ser competitivo no imediato esmagando a margem dos produtores, utilizando como referência os preços de leite spot (sobras pontuais de leite trocadas entre compradores) quando estão em baixo e ignorados quando estão em alta? Esperam no futuro abastecer as fábricas de laticínios com leite produzido em Portugal ou com essas sobras de leite importado? Como é possível não haver uma visão de sustentabilidade, a longo prazo, de um sector? Como é possível definir estratégias para o futuro sem dialogar com os produtores como parceiros comerciais a respeitar e preservar? Que patriotismo é este dos nossos industriais e distribuidores, anunciado na publicidade e renunciado na prática com importações de leite e laticínios? É preocupante que esta situação ocorra quando estamos ainda no último ano de vigência das quotas leiteiras. Se agora a margem dos produtores já é esmagada, como será o comportamento de Indústria e distribuição com os excedentes que o resto da Europa pode produzir a partir de Abril de 2015, no pós-quotas? A PARCA, Plataforma de Acompanhamento das Relações na Cadeia Agroalimentar, já reuniu e analisou este novo desequilíbrio das margens ao longo da cadeia? Porque demoram tanto os resultados esperados da atuação desta plataforma? Os produtores de leite estão desiludidos, desanimados, revoltados e preocupados Face ao agravar da situação, a APROLEP já solicitou uma reunião com urgência à Senhora Ministra da Agricultura, esperando que a sua intervenção ajude a preservar os poucos produtores de leite que ainda resistem mas que sofrem agora nova asfixia que pode ser letal para a Produção de Leite Nacional. A Direcção da APROLEP
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