A taxa de desemprego aumentou, em 2020, na maioria das regiões da União Europeia (UE) e também em Portugal, com exceção para o Alentejo e Açores, segundo dados hoje divulgados pelo Eurostat.
De acordo com o gabinete estatístico europeu, o desemprego aumentou em Portugal de 6,5% em 2019 para 6,9% em 2020, mantendo-se abaixo da média da União Europeia (UE 7,1%, face aos 6,7% de 2019).
A região do Algarve foi a que registou a maior taxa de desemprego em 2020, atingindo os 8,4% (7,1% no ano anterior), seguida da Madeira (8,1% face a 7,1%), da Área Metropolitana de Lisboa (7,7%, que se compara com 7,2% em 2019), da região Norte (6,9%, acima dos 6,7% de 2019) e da média nacional (6,9%).
A região Centro (5,7%, face a 5,0% de 2019) apresentou a menor taxa de desemprego em 2020, seguida pelo Alentejo (5,9% face a 6,9% do ano anterior) e dos Açores (6,1%, abaixo dos 7,9% homólogos).
O desemprego as regiões da UE variou, em 2020, entre os 1,8% na região de Wielkopolskie, na Polónia, seguida por taxas de 1,9% e 2,0% em duas regiões da República Checa e de 2,3% em outras regiões Checas, incluindo a da capital, Praga.
No outro extremo da tabela estão regiões de Espanha: Ceuta (24,5%), Melilla (23,7%), Ilhas Canárias (22,6%) e Andaluzia (22,3%).
O Eurostat destaca que, em 2019, a taxa de desemprego das pessoas com idades compreendidas entre os 15 e os 74 anos na UE estava no seu nível mais baixo desde 2000 (6,7%).
No entanto, a taxa de desemprego aumentou 0,4 pontos percentuais em 2020 devido ao impacto que a pandemia da covid-19 teve no mercado de trabalho.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.122.150 mortos no mundo, resultantes de mais de 147,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.