“Deserto verde” do eucalipto e projeto para transformar território que renasce das cinzas dos grandes incêndios de 2017

Assim que deixamos a A13 e viramos para o IC8 em direção a Figueiró dos Vinhos é inevitável recordar o que vimos acontecer em junho de 2017. Somos assaltados por memórias várias, na sua grande parte cinzentas e angustiantes.

Estamos a entrar no território que se viu devastado por grandes incêndios, difíceis de esquecer. Aliás, pelo caminho, é ainda visível na paisagem os efeitos destes incêndios que ocorrem, faz em junho, quatro anos. Nesta edição do Terra a Terra Especial, da Lisboa Capital Verde Europeia, falamos do papel do ordenamento do território na prevenção dos incêndios rurais, mas também de um plano, ou melhor, de uma investigação do Instituto Superior de Agronomia (ISA), da Universidade de Lisboa. Chama-se Scapefire e propõe uma mudança do ordenamento no espaço rural, que vai ser divulgado, e pode ser validado, pelos três concelhos mais afetados por um dos maiores incêndios de que há memória em Portugal: Castanheira de Pêra, Figueiró dos Vinhos e Pedrógão Grande.

Para debatermos o ordenamento do território, sentámos à mesma mesa Manuela Raposo de Magalhães, professora aposentada do ISA, Arquiteta Paisagista, o co-coordenadora do projeto de investigação que já referimos, e também Paulo Pimenta de Castro, coautor do livro “Portugal em Chamas”, Silvicultor e presidente da Acréscimo, a Associação de Promoção ao Investimento Florestal.

Como poderá ouvir no áudio do programa, estes dois responsáveis estão praticamente em uníssono em todas as matérias. Concordam que o eucalipto é uma árvore altamente

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