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“Deslocalize 100 ou 200 milhões.” CNA critica “alucinação” do ministro do Ambiente

João Dinis pede que se concluam as obras no Mondego e se invista na manutenção das infraestruturas afetas ao mesmo.

“É uma alucinação do senhor ministro do Ambiente.” É assim que a Confederação Nacional de Agricultura (CNA) reage à ideia de João Pedro Matos Fernandes, de mudar de sítio as aldeias junto ao Mondego que costumam ser afetadas pelas cheias.

“Por essa ordem de ideias, a Holanda já estava toda deslocalizada para o cimo dos Alpes. E quem vive nos Alpes tinha de se deslocalizar para as planícies, por causa das avalanches”, repara. À TSF, o presidente da confederação, João Dinis defende que se há alguma coisa que deve ser mudada de sítio, é o dinheiro para a manutenção dos diques.

“Deslocalize 100 ou 200 milhões de euros do Fundo Ambiental e, por exemplo, faça uma manutenção rigorosa das margens do Mondego naquela zona”, sugere João Dinis, que defende que essa mesma manutenção na margem esquerda é fundamental, em especial pela proximidade das populações.

“Na margem esquerda, as habitações estão a menos de 100 metros do rio, enquanto na margem direita há um vasto campo entre a margem do Mondego e as habitações.” Tendo em conta esta realidade, “se rebenta um dos diques na margem esquerda do Mondego, aí é que é uma tragédia”, alerta.

Num recado ao ministro, João Dinis lembra que “muito antes” de Matos Fernandes se ter tornado ministro e “muito depois de deixar de o ser” as casas estiveram e estarão naquelas localizações. Por isso, reitera, pede investimento “na obra de rega, na manutenção das margens, na limpeza das valas e na conclusão da obra do Mondego”.

“Isso é que é necessário fazer e não vir com teorias que são verdadeiras alucinações”, conclui.

O artigo foi publicado originalmente em TSF .


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