Uma planta infetada com a bactéria “Xylella fastidiosa” foi destruída no concelho de Baião, em meados de janeiro, não tendo sido encontrados outros exemplares desde então, informou hoje fonte autárquica.
Segundo José Manuel Ribeiro, técnico florestal naquele município do distrito do Porto, a infeção, inédita no concelho, foi confirmada pelo Ministério da Agricultura numa sebe com cerca de 50 metros de extensão, situada nas proximidades do quartel dos bombeiros.
“Os técnicos fizeram o teste que resultou positivo”, explicou, acrescentando que num raio de 50 metros não há registo de mais nenhuma planta infetada. Nesse raio, contou, foram abatidas todas as plantas.
A bactéria ‘Xylella fastidiosa’, detetada há quatro anos em Portugal e associada a doenças que foram “devastadoras para a agricultura”, já levou à criação de sete Zonas Demarcadas a Norte, afetando a produção de “espécies de elevado valor económico”.
Classificada como “bactéria de quarentena” pela Organização Europeia para a Proteção das Plantas (EPPO), em Portugal, a ‘Xylella fastidiosa’ foi detetada, em janeiro de 2019, em plantas de lavanda num ‘zoo’ em Vila Nova de Gaia, no Porto.
A sua deteção levou à definição da primeira zona demarcada do país – a Área Metropolitana do Porto (AMP) – e, desde então, a região Norte conta já com sete zonas demarcadas: AMP, Alijó, Baião, Bougado, Mirandela e Mirandela II, e Sabrosa.
Em Baião, informou José Manuel Ribeiro, foi fixada a área tampão no final de novembro, num raio de dois quilómetros e meio, para os serviços do Ministério da Agricultura fazerem a monitorização.
O técnico disse à Lusa que não se decidiu ainda quais os próximos passos seguintes, uma vez que ainda se está a trabalhar na identificação do tipo e bactéria, uma vez que, observou, há inúmeras variantes.
Referiu, ainda, a importância de monitorização da situação para acautelar a possível infeção de outras plantas, nomeadamente de espécies importantes para o consumo humano, como vinhas, outras árvores de fruto e até árvores de grande porte.