
A Polícia Judiciária (PJ) deteve na segunda-feira uma mulher de 72 anos pela presumível autoria de nove incêndios florestais ocorridos na periferia da cidade da Guarda, nos meses de julho e agosto.
A deteção foi realizada em estreita colaboração com o Grupo de Trabalho para a Redução de Ignições em Espaço Rural — Centro Interior, constituído por elementos da GNR, Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) e PJ, e com o Núcleo de Proteção Ambiental (NPA) da GNR da Guarda.
Os nove incêndios florestais de cuja autoria é suspeita deflagraram na zona do Outeiro de São Miguel.
“A mulher terá ateado os incêndios por motivos fúteis, com recurso a chama direta, em acumulações de combustíveis secos junto de pequenas matas de pinheiro e carvalho, num período fortemente marcado por incêndios florestais no mesmo distrito”, referiu a PJ em comunicado enviado à agência Lusa
Na altura, havia condições meteorológicas propícias à sua propagação, “sendo que, em todos eventos, o risco de incêndio era máximo, conforme aviso emitido pelo IPMA”.
“Os incêndios foram provocados durante a noite, não assumindo maiores proporções em virtude da rápida intervenção do Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Rurais”, apuraram os inspetores do Departamento de Investigação Criminal da Guarda.
A PJ adiantou que um dos fogos não teve grande progressão, “pois os inspetores que procediam à vigilância desses povoamentos florestais, na sequência de ignições anteriores, conseguiram conter o incêndio com uso de extintores até à chegada das equipas de intervenção rápida dos Bombeiros Voluntários da Guarda, que o vieram a extinguir”.
A detida vai ser presente a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação.
O Inquérito é titulado pelo Ministério Público da Guarda.