DGAV e EFSA lançam segundo ano da campanha #PlantHealth4Life

A Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), em colaboração com a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA), lança, pelo segundo ano, a campanha #PlantHealth4Life. Esta iniciativa visa «sensibilizar a população para as profundas ligações entre a fitossanidade e a vida quotidiana, estimulando a acção dos cidadãos para proteger a saúde das plantas», bem como consciencializar «para os principais impactos das pragas e doenças das plantas na economia dos países».

Este anúncio é realizado pouco antes de se celebrar o Dia Nacional da Sustentabilidade, a 25 de Setembro. #PlantHealth4Life é uma campanha plurianual e multinacional desenvolvida a pedido da Comissão Europeia e que, segundo um comunicado conjunto da DGAV e da EFSA, está «baseada numa análise aprofundada das percepções e do comportamento dos cidadãos em matéria de fitossanidade em toda a União Europeia».

Em 2024, a campanha envolve 21 Estados-membros e um país candidato – Alemanha, Bélgica, Chéquia, Chipre, Croácia, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Letónia, Lituânia, Malta, Polónia, Portugal, Suécia e Montenegro –, o que representa o dobro face ao ano anterior. O comunicado sublinha que «a saúde das plantas não só é vital para o nosso ambiente e segurança alimentar, como também desempenha um papel significativo para moldarmos a nossa economia», sendo que «esta afecta directamente vários sectores e indústrias, o que pode resultar em impactos económicos positivos ou negativos».

«Manter as plantas saudáveis é fundamental para a produção agrícola, afectando directamente a produtividade e a qualidade dos produtos. Plantas saudáveis são essenciais para garantir a segurança alimentar, promover a sustentabilidade ambiental e fortalecer a economia. No entanto, as pragas e doenças das plantas representam uma ameaça crescente, que pode levar a perdas significativas na produção e impactos económicos severos. Por sua vez, isto pode resultar num aumento dos preços dos alimentos para os consumidores e, eventualmente, em escassez de alimentos, afectando a economia global», referem DGAV e EFSA. As duas entidades elencam alguns dos principais impactos das pragas e doenças das plantas:

• Redução da produção agrícola: A infestação de pragas pode reduzir drasticamente a quantidade e a qualidade de produtos agrícolas disponíveis, afectando tanto os agricultores quanto os consumidores.

• Aumento dos custos de controlo: Medidas de controlo e erradicação de pragas requerem investimentos significativos, elevando os custos de produção para os agricultores e, consequentemente, os preços dos produtos para os consumidores.

• Perda de mercados de exportação: A presença de pragas e doenças pode levar à imposição de barreiras fitossanitárias por parte de outros países, resultando na perda de mercados de exportação importantes e na redução das receitas de exportação.

• Danos ao meio ambiente: O uso indiscriminado de produtos fitofarmacêuticos para o controlo de pragas pode causar danos ao meio ambiente, afectando a biodiversidade e a saúde dos ecossistemas.

• Impacto nas comunidades rurais: A agricultura é uma fonte vital de emprego e recursos para as comunidades rurais. A perda de colheitas e a redução da produção podem ter consequências sociais graves, como desemprego e migração.

A propósito do lançamento do segundo ano da campanha, Paula Cruz Garcia, subdirectora geral da DGAV, realça que «as pragas e as doenças invasoras podem ser introduzidas através de plantas e produtos vegetais pelas fronteiras» e que «é necessário proteger a saúde das plantas, através de rigorosas regras de importação e certificações que ajudem a salvaguardar a agricultura local e a impedir a disseminação de pragas nocivas». Na vertente das certificações, são apontados como exemplos o Certificado Fitossanitário (que tem de acompanhar as plantas e a maioria dos produtos vegetais que entram na UE) ou o Passaporte Fitossanitário (que deve acompanhar todas as plantas comercializadas na UE).

O artigo foi publicado originalmente em Revista Frutas Legumes e Flores.


Publicado

em

,

por

Etiquetas: