O Dia Europeu do Mar é celebrado anualmente no dia 20 de maio, por forma a sensibilizar as diversas entidades e stakeholders para os temas relacionados com a proteção dos ambientes marinhos e a promoção de uma economia azul mais sustentável.
A recuperação ecológica e a salvaguarda da vida marinha são importantes para a manutenção da saúde dos oceanos e um contributo para alcançar maior riqueza.
A pesca tem um peso importante, e apesar das populações de peixe serem um recurso renovável, de acordo com as estatísticas da Comissão Europeia, as capturas devem ser geridas de forma a garantir a sustentabilidade das atividades económicas deste importante setor.
De acordo com os dados da FAO, o consumo de peixe em Portugal ronda os 55,6 kg/per capita/ano, o que representa mais do dobro do consumo médio na EU.
Em termos nutricionais, uma porção de 150 gramas de peixe oferece cerca de 50 – 60% da necessidade diária de proteínas num adulto, sendo ainda uma importante fonte de gordura saudável, nomeadamente dos ácidos gordos ómega-3 (EPA e DHA), e de elementos essenciais como o selénio, iodo, fósforo e vitaminas como a D, B1 e B12.
Os benefícios de saúde associados ao consumo de pescado, determinam um grande interesse por parte dos consumidores e garantem o interesse numa fileira económica forte.
Recentemente, um grupo de trabalho promovido pela Direção Geral da Alimentação e Veterinária (DGAV) e que integrou ainda, a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), a Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto (FCNAUP), o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e o Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), publicou um estudo de Avaliação de risco-benefício do consumo de pescado na população portuguesa, considerando os teores de mercúrio determinados através de amostras colhidas e analisadas no âmbito do controlo oficial e de diferentes estudos científicos tendo gerado um conjunto de recomendações para o consumo de pescado que foram definidas tendo por base a frequência de consumo dos portugueses, obtida através do inquérito nacional IAN-AF.
Saiba mais:
Produtos da Pesca – legislação; obrigações dos operadores; controlos oficiais
Plano Integrado de Controlo às Pisciculturas (PICOP)
Vigilância Sanitária em Maricultura
O artigo foi publicado originalmente em DGAV.