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Diversificação da economia da Guiné-Bissau é “crucial” – ministro das Finanças

O ministro das Finanças da Guiné-Bissau, João Fadiá, afirmou hoje que a diversificação da economia guineense, muito dependente da produção e exportação da castanha de caju, é “crucial”.

“Isso é crucial porque estamos muito dependentes da produção e exportação da castanha de caju e se houver algum problema com o mercado internacional as populações serão fortemente afetadas”, disse João Fadiá.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) recomendou hoje, ao abrigo das consultas do artigo IV, que não eram realizadas há cinco anos, a diversificação da economia do país, considerando que é a “chave” para o desenvolvimento.

Segundo o FMI, a dependência da produção e exportação da castanha de caju deixa o país “altamente exposto a flutuações nos preços internacionais e às condições climáticas locais”.

“O país tem potencialidades, tem potencialidades turísticas, que é uma das maiores indústrias do mundo, temos condições naturais de produzir arroz e exportá-lo, temos o setor mineiro, que poderá dar uma contribuição significativa. O que o FMI sublinhou é muito pertinente e o Governo vai debruçar-se sobre isso para tomar medidas”, salientou o ministro.

O chefe da missão do FMI, José Gijon, destacou que a Guiné-Bissau pode fornecer bens aos Estados da União Económica e Monetária da África Ocidental – além da Guiné-Bissau, integram esta organização regional Benim, Burkina Faso, Costa do Marfim, Mali, Níger, Senegal e Togo.

“O país pode fornecer produtos agrícolas e agroindustriais que cada vez são mais difíceis de ter em alguns países da UEMOA devido às mudanças climáticas. O arroz é um bom exemplo. Há o problema de desertificação no Sahel e a Guiné-Bissau está bem preparada para fornecer arroz e outros cereais e frutas”, disse.

A castanha de caju é o principal produto de exportações da Guiné-Bissau e motor da economia, do qual depende direta ou indiretamente cerca de 80% da população do país.


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