Portugal já conhece a nova campeã entre as hortícolas gigantes. Uma abóbora com 857 quilos, cultivada em Paderne, no concelho de Albufeira, conquistou este fim de semana o título de maior do país no Concurso Internacional de Hortícolas Gigantes, “O Maior da Minha Aldeia”, realizado em Paredes.
De acordo com o jornal Correio da Manhã, o autor desta ‘proeza’ é José Rui Santos, agricultor algarvio que superou o seu próprio recorde nacional. Em edições anteriores tinha apresentado uma abóbora com 699 quilos, mas este ano conseguiu ultrapassar largamente essa marca.
Da semente ao recorde nacional
O processo de cultivo destas hortícolas exige planeamento e dedicação. Segundo a mesma fonte, a plantação arranca em abril e a polinização inicia-se em junho. A partir daí, os frutos podem ganhar até 30 quilos por dia, sobretudo nos primeiros 35 dias de crescimento, fase considerada crítica para atingir pesos fora do comum.
Acrescenta a publicação que José Rui Santos dedica pelo menos duas horas diárias a cada planta, monitorizando o aparecimento de fungos ou bactérias. Apesar do esforço, o agricultor afirma que o trabalho é compensado pelo gosto e pela satisfação de ver os resultados atingidos.
Vitória que não se limitou à abóbora
No concurso realizado em Paredes, o algarvio não se destacou apenas pela abóbora recordista. Refere a mesma fonte que levou também uma melancia com 69 quilos e um melão de 12 quilos, reforçando a sua vitória e demonstrando consistência no cultivo de hortícolas de grandes dimensões.
O evento, que já vai na sétima edição, reúne anualmente participantes de diferentes regiões, transformando-se numa montra da agricultura de paixão e persistência. Escreve o jornal que, desde a primeira edição, o peso das abóboras de José Rui Santos tem aumentado de forma gradual, refletindo a aprendizagem acumulada e o aperfeiçoamento das técnicas de cultivo.
Do concurso à partilha
Conforme o Correio da Manhã, a abóbora gigante regressará agora ao Algarve, onde ficará em exposição na XVI Mostra de Frutos Secos de Paderne, marcada para o final deste mês.
Depois do evento, será aberta e distribuída por instituições de solidariedade social, garantindo que o fruto extraordinário também sirva para apoiar quem mais precisa. A história desta abóbora mostra não apenas a capacidade agrícola de um produtor algarvio, mas também como um cultivo excecional pode unir curiosidade, tradição e solidariedade.
Leia também: Vem aí uma transição no tempo em Portugal e o Algarve vai registar valores “anómalos” de temperatura