“É preciso continuar o acolhimento de migrantes com responsabilidade”, diz D. Rui Valério

O Patriarca de Lisboa está certo de que o novo governo vai “continuar a política de acolhimento de migrantes com a responsabilidade que é típica dos portugueses”.

Em declarações à Renascença, à margem da missa de solenidade de Pentecostes este domingo na Sé de Lisboa, D. Rui Valério disse acreditar que o novo executivo da AD e os portugueses estão a “dar o seu melhor” para garantir uma boa integração a quem chega ao nosso país, utilizando para isso os ensinamentos “da tradição que nos caracteriza: sermos, historicamente, um povo de emigrantes”.

“Todo o português sente que o acolhimento deve ser acompanhado com sentido de responsabilidade, com uma abertura para a integração e, ao mesmo tempo, para o estabelecimento daquelas inter-relações que contemplam o tornar valioso, o tornar precioso, o permitir a afirmação da cultura de cada um, dos seus costumes, dos seus hábitos, das suas tradições”, considerou.

Na ótica de D. Rui Valério, a primeira prioridade do governo de Portugal “é ter em vista os portugueses”, com as suas “histórias e desafios muito pertinentes”. Por isso, e perante o aproximar da época do verão, o Patriarca espera que a equipa liderada por Luís Montenegro fique atenta aos problemas desta época do ano, como os incêndios florestais.

“Creio que o governo vive consciente daquilo que são os grandes desafios em cada época e em cada estação do ano. Particularmente, este facto que a todos nos assusta e que, por vezes, se torna dramático – para não dizer trágico – que é o drama dos incêndios”, assinalou.

No plano internacional, e sobre a decisão de Donald Trump em destacar dois mil militares da Guarda Nacional para combater protestos em Los Angeles, o Patriarca disse apenas que “cada instância desse Estado tem as suas responsabilidades” e que as deve cumprir para proteger “os princípios de um país democrático e pioneiro na afirmação de valores civilizacionais”.

Na manhã deste sábado, o Patriarca de Lisboa presidiu à missa de solenidade de Pentecostes na Sé Patriarcal de Lisboa, ocasião na qual também crismou cerca de 140 jovens universitários.

“Eles próprios afirmaram, para além dos olhos, também com a palavra, que aceitavam ser estes missionários da esperança em grado de renovar o nosso mundo. Ser crismado é também abraçar Cristo com o coração e empreender-se na transformação do mundo”, rematou.

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