Ao acolher cerca de 22% das espécies naturais da Europa, Portugal tem uma responsabilidade acrescida na sua preservação. Para Nuno Lacasta, presidente do Conselho Diretivo da Agência Portuguesa do Ambiente, o país deve valorizar o seu território e chegar a 2030 com 30% de áreas protegidas.
Portugal é um país rico em capital natural. Apesar de, em termos terrestres, ter dimensões relativamente pequenas – cerca de 90 mil km2 -, a nível marítimo, a dimensão pode chegar aos quatro milhões. “Portugal alberga cerca de 22% das espécies naturais da Europa. Seremos, nesse contexto, o maior país europeu, mas isso significa também que temos uma responsabilidade de conhecer melhor, de monitorizar e de preservar o nosso espaço natural marítimo e terrestre”, refere Nuno Lacasta, presidente do Conselho Diretivo da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).
Por isso mesmo, “temos o objetivo de aumentar para 30% as áreas protegidas, no mar e em terra, até 2030”, acrescenta o também presidente do júri da categoria “Preservação do Capital Natural” do Prémio Nacional de Sustentabilidade, organizado pelo Jornal de Negócios, que arranca agora para uma nova edição. “Um desafio ambicioso”, considera, na medida em que o país tem atualmente classificado como áreas protegidas também 22%.
Tal ambição […]