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É urgente reverter a degradação do capital natural

No debate sobre a preservação do capital natural promovido pelo Negócios, ficou claro que é preciso a atuação de todos na sociedade para travar a elevada degradação a que chegaram os diversos ecossistemas. As empresas têm aqui um papel decisivo.

Preservar o capital natural é uma missão urgente e que cabe a todos na sociedade, para se conseguir travar a perda e degradação acelerada que está a ocorrer nos ecossistemas um pouco por todo o mundo. Este foi um dos temas abordados na conferência ESG do Negócios Sustentabilidade 20|30 dedicada ao ambiente, que dec orreu a 20 de outubro, na Estufa Real, em Lisboa, e que contou com moderação da jornalista Sónia Santos Dias.

Angela Morgado, diretora-executiva da WWF Portugal, abriu o debate no painel “Preservação do Capital Natural: Proteger a Terra, o Mar e o Ar”, dando conta do mais recente estudo da associação ambientalista, que apurou que o planeta perdeu 69% da vida selvagem em apenas 50 anos. Porém, “nos sistemas tropicais essa queda foi de 94% e nas espécies e populações de água doce foi de 83%”, sublinhou Angela Morgado, que, ainda assim, salientou que o relatório deixa uma mensagem de esperança de que é possível parar esta queda do capital natural. “Em 2030 temos que ter 30% das áreas terrestres e marinhas protegidas, temos que restaurar o que está degradado e temos de gerir melhor o capital natural”, destacou. O capital natural não tem sido valorizado. A polinização, por exemplo, vale 800 milhões de euros em Portugal, segundo contas da Universidade de Coimbra. Neste sentido, a responsável da WWF salientou que é preciso valorizar os serviços de ecossistema, “criando plataformas de pagamento a produtores florestais ou agrícolas que conservem estes serviços”. Angela Morgado destacou ainda que o setor da alimentação é dos principais destruidores de capital natural, pelo que deverá ser reestruturado.

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