Francisco Gomes da Silva, diretor-geral da Associação da Indústria Papeleira (CELPA) diz que “agora há mais matéria combustível no terreno que em 2017” e alerta para o perigo de novos incêndios. Hoje, na rubrica “Economia dia a dia”, falamos sobre a floresta na área de Pedrógão depois dos incêndios de 2017
Passaram quase cinco anos sobre os fatídicos incêndios de 2017 na zona de Pedrógão e numa vasta área da região centro do país o cenário de abandono domina a paisagem.
O diretor-geral da Associação da Indústria Papeleira (CELPA) alerta para o facto de não se ter feito “praticamente nada no terreno” e de estarmos confrontados com uma situação em que “a acumulação de matéria combustível nas zonas ardidas é de tal ordem que o risco de incêndio é maior agora do que antes de 2017”.
Francisco Gomes da Silva não concorda com a entrada do Estado na gestão das terras abandonadas, através da figura do ‘arrendamento forçado’, pois considera que não é um bom exemplo. Defende mais área para plantação de eucalipto, pois dali sai matéria-prima para uma indústria “pujante, inovadora e líder mundial na produção de um certo tipo de papel”.
Conclui dizendo que “é uma aberração não permitir mais áreas de eucalipto, que é uma espécie que gera rendimento. E se o governo diz que mantém a proibição mas não por razões ideológicas, então só pode ser por ignorância”. […]