“Economia do ano”. “Não ficava mal ao Governo agradecer ao anterior”

iguel Prata Roque defendeu, na noite de segunda-feira, na SIC Notícias, que “não ficava mal ao atual Governo agradecer ao anterior Governo” a distinção de “economia do ano” dada pela revista britânica “The Economist” a Portugal.

O socialista começou por salientar que esta “é uma excelente notícia” e “todas as boas notícias relativamente à economia portuguesa devem ser de saudar”.

No entanto, para Prata Roque, esta distinção “reflete alguma coerência relativamente às políticas públicas dos últimos anos” e não apenas do último ano e oito meses, que Portugal virou à Direita.

“Não ficava mal ao atual Governo também dar uma palavra de agradecimento ao Governo anterior por várias dessas mesmas políticas”, disse, explicando que os critérios que foram avaliados foram o PIB e a inflação.

Quanto ao PIB, realçou o jurista, estamos “acima da média europeia porque Portugal tem maior número de população ativa e isso decorre, em grande medida, daquelas políticas que este Governo critica muito, como por exemplo,  40% do setor turístico e da agricultura ter trabalhadores imigrantes”.

Já sobre o facto da inflação em Portugal “estar mais controlada do que estar noutros países”, Prata Roque defendeu que o nosso país “conseguiu controlar o aumento dos preços por duas vias: por força da não dependência de combustíveis do ponto de vista energético, uma vez que os governos socialistas investiram muito nas renováveis […], e os travões que o Governo anterior colocou ao imposto sob produtos petrolíferos, que o Governo agora, por pressão da União Europeia (UE) começa a levantar”.

Para o antigo secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros do primeiro Governo de António Costa, o problema é que “o país está melhor” mas há “muitos portugueses que não o estão a sentir”.

“Nós não podemos só medir o PIB, é preciso corrigi-lo para saber o que é que cada português, individualmente, consegue beneficiar desse aumento de produtividade. O meu receio é que os ganhos de produtividade não se reprecutam nas pessoas que vivem do seu trabalho e esse é um esforço que todos os governos têm de fazer. Este Governo diz: primeiro é preciso fazer crescer a economia para depois redistribuir. Eu fico à espera dessas mesmas medidas redistributivas”, atirou.

Recorde-se que a revista britânica “The Economist” considera que Portugal “é a economia do ano”.

Portugal é

Portugal é a “economia do ano” de 2025 para a revista britânica “The Economist” – e há reações. O primeiro-ministro, Luís Montenegro, salientou que a distinção se trata de uma “justa aclamação do mérito e do trabalho dos portugueses”, enquanto o ministro da Economia, Manuel Castro Almeida, vincou que o nosso país não passou de “pobre a rico”. E os candidatos a Belém, como se posicionaram?

Notícias ao Minuto com Lusa | 21:14 – 08/12/2025

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, salientou que a distinção se trata de uma “justa aclamação do mérito e do trabalho dos portugueses”, enquanto o ministro da Economia, Manuel Castro Almeida, vincou que o nosso país não passou de “pobre a rico”.

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