
Uma equipa da Universidade de Heidelberg criou uma ferramenta de inteligência artificial inovadora, chamada ProDomino, capaz de prever e combinar domínios proteicos para gerar novas proteínas funcionais, com grande potencial nas áreas da biotecnologia e medicina.
Investigadores do Instituto de Farmácia e Biotecnologia Molecular (IPMB) da Universidade de Heidelberg, na Alemanha, desenvolveram um modelo de inteligência artificial denominado ProDomino, que permite prever a interação entre dois domínios proteicos e, assim, criar proteínas híbridas com funções ajustáveis. O projeto é liderado pelo professor Dr. Dominik Niopek e representa um avanço significativo nas tecnologias de edição genética e engenharia de proteínas.
As proteínas são compostas por subunidades chamadas domínios, que desempenham papéis fundamentais no organismo, como reconhecer sinais externos e catalisar reações químicas. Inspirando-se neste funcionamento natural, a equipa utilizou uma base de dados com mais de 100 mil proteínas para treinar o modelo de IA, permitindo identificar combinações de domínios que originam novas proteínas com propriedades específicas.
Com o ProDomino, os investigadores conseguiram criar variantes híbridas da ferramenta de edição genética CRISPR-Cas, que podem ser ativadas ou desativadas de forma controlada, aumentando a segurança destes métodos. “O nosso modelo de IA permite produzir proteínas artificiais não só de forma mais fácil, mas também mais direcionada do que anteriormente”, afirmou o professor Niopek.
Para incentivar a colaboração científica e o avanço na área, os investigadores tornaram o ProDomino disponível como ferramenta de código aberto, permitindo que outros cientistas a utilizem e desenvolvam novas aplicações com base nesta tecnologia promissora.
Mais informação no comunicado de imprensa da Heidelberg University.
O artigo foi publicado originalmente em CiB – Centro de Informação de Biotecnologia.