Edição genética | Investigadores desenvolvem algodão com fibra de alta qualidade e maior rendimento

Os cientistas da Universidade de Clemson, Christopher Saski (à esquerda) e Jacob Johnson (à direita), utilizam edição genética para desenvolver variedades de algodão Upland de alto rendimento.


Uma equipa de cientistas da Universidade de Clemson, nos Estados Unidos, está a revolucionar a produção de algodão ao criar uma variedade geneticamente editada que alia elevada produtividade à qualidade superior da fibra, com potencial impacto económico e ambiental positivo para os agricultores.

 
Investigadores da Universidade de Clemson, liderados pelo geneticista vegetal Christopher Saski, estão a desenvolver uma nova variedade de algodão que promete transformar o setor agrícola. O projeto, intitulado “Building Better Cotton: Gene Editing to Improve Oil, Protein and Fiber Quality in Upland Cotton”, conta com o apoio do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA-NIFA) e da organização Cotton Incorporated.

Através da ferramenta de edição genética CRISPR-Cas12a, a equipa está a trabalhar numa variedade de algodão Upland que combina duas características até agora separadas: o elevado rendimento típico desta variedade e a fibra de qualidade superior do algodão Pima. Além disso, o novo algodão terá sementes com melhores propriedades nutricionais e será mais resistente à murchidão de Fusarium (FOV4), uma doença devastadora para as culturas.

Jacob Johnson, estudante de mestrado em Clemson, é um dos jovens investigadores envolvidos no projeto. A equipa espera que o seu trabalho resulte no desenvolvimento de novos recursos genéticos que possam ser utilizados por melhoradores de plantas, agricultores e pela indústria agrícola em geral.

Este avanço poderá representar uma solução mais sustentável, tanto do ponto de vista económico como ambiental, contribuindo para um futuro mais promissor para os produtores de algodão em todo o mundo.

Mais informações no comunicado de imprensa da Universidade de Clemson.

O artigo foi publicado originalmente em CiB – Centro de Informação de Biotecnologia.


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