A Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA) revelou que minimizar a duração do transporte animal e a limpeza completa de veículos, equipamentos e espaços onde os animais são carregados e descarregados são medidas efetivas na redução da transmissão de bactérias resistentes.
As recomendações têm como base o parecer científico da entidade, que analisou o risco de propagação da resistência antimicrobiana entre aves de capoeira, suínos e pecuária durante o transporte entre explorações agrícolas ou para matadouros.
“Apesar dos dados disponíveis mostrarem uma redução da utilização de antibióticos nos últimos anos, a resistência antimicrobiana continua a ser um problema urgente de saúde pública que precisa de ser abordado a nível global e em todos os setores”, disse, citado em comunicado, o chefe da Biological Hazards & Animal Health and Welfare Unit da EFSA.
Ao “identificarmos os principais fatores de risco, medidas de mitigação e necessidades de investigação em relação ao transporte de animais, a avaliação da AESA marca mais um passo em frente na luta contra a resistência antimicrobiana, com base no princípio ‘One Health’, que integra a avaliação dos riscos animais e humanos”, conclui.
O parecer salientou igualmente que uma organização adequada do transporte é fundamental. A complementar, qualquer medida que melhore a saúde animal, bem-estar e biossegurança imediatamente antes ou durante o transporte foi considerada como muito provável de reduzir a transmissão da resistência antimicrobiana.
A análise da EFSA nota que viagens longas que exigem descanso nos centros de montagem e postos de controlo estão associadas a riscos mais elevados, devido a fatores específicos como contacto entre animais de diferentes explorações, contaminação ambiental e stresse.
O artigo foi publicado originalmente em Vida Rural.