Está aberta até 7 de janeiro a votação pública para eleger a Árvore Portuguesa do Ano 2026. A mais votada de entre as 10 árvores finalistas representará o nosso país no concurso europeu Tree of the Year. A vencedora será revelada no dia 12 de janeiro, pela UNAC – União da Floresta Mediterrânica, que promove esta iniciativa no nosso país desde 2018.
Depois de selecionadas as 10 finalistas, é tempo de eleger a Árvore Portuguesa do Ano 2026. Em concurso estão oito árvores do território continental e duas dos Açores e a vencedora nacional irá disputar o certame Tree of The Year, concorrendo com árvores que estão a ser eleitas noutros países europeus, como a Bélgica, Chéquia, Croácia, Eslováquia, Espanha, França, Hungria, Itália, Letónia, Lituânia, Países Baixos, Polónia e Ucrânia.
Cada pessoa pode votar uma única vez, até às 16h59 de 7 de janeiro de 2026, selecionando as duas árvores da sua preferência. Depois de votar, receberá um email com um link para validar a escolha efetuada, sendo esta validação um passo essencial para que o voto seja efetivamente considerado.
Até 3 de janeiro, é possível ver quantos votos reuniu cada candidata, mas dessa data em diante os votos são ocultados para que a revelação da Árvore Portuguesa do Ano 2026 seja uma surpresa.
As 10 candidatas a Árvore Portuguesa do Ano 2026
As candidatas açorianas a Árvore Portuguesa do Ano 2026 são duas espécies exóticas que não passam despercebidas pela sua dimensão:
- A araucária de Norfolk do Parque Terra Nostra, na Ilha de São Miguel, também conhecida como pinheiro-de-norfolk, tem mais de 50 metros de altura e ergue-se junto às águas quentes e ferrosas que convidam a banhos no Parque Terra Nostra, nas Furnas. Tem cerca de 200 anos.
- A árvore-da-borracha do Solar dos Cantos é uma figueira-australiana (Ficus macrophylla), que se eleva no Jardim botânico José do Canto, em Ponta Delgada. Além de ter 165 anos, destaca-se pela dimensão da sua copa e pela beleza das raízes, que serpenteiam sobre o solo.
De Portugal continental, estão a concurso oito árvores: duas nativas e seis exóticas:
- A azinheira da Póvoa, Guardiã do Planalto Mirandês, em Bragança, está classificada como Árvore de Interesse Público. Este Quercus rotundifolia terá 410 anos e a sua longevidade e dimensão inspiram a sua contemplação.
- O ancião carvalho de Calvos, da Póvoa do Lanhoso, em Braga, já concorreu em anos anteriores. Com mais de 500 anos, esta Árvore de Interesse Público encontra-se amparada para permanecer de pé e continua a apoiar a educação ambiental.
- O tulipeiro-da-Virgínia (Liriodendron tulipifera) do Palácio dos Biscaínhos, em Braga, também se encontra classificado pelo seu Interesse Público. Elevando-se junto do Portal Ocidental dos jardins deste palácio, foi plantado no século XVIII.
- A canforeira (Cinnamomum camphora) da Escola Superior Agrária de Coimbra tem 165 anos e mais de 28 metros de altura. É uma árvore imponente, com belos ramos retorcidos, que também está classificada como Árvore de Interesse Público.
- O cedro-do-buçaco (Cupressus lusitanica) da Igreja de Runa, em Torres Vedras, lembra um enorme caramanchão, amparado em toda a sua copa, que proporciona uma ampla área de sombra sob as suas ramagens. Foi plantado no início dos anos 1950.
- O cedro-do-Atlas (Cedrus atlantica) da Quinta do Noval, em Alijó, Vila Real, tem 165 anos e é um ponto de referência para admirar as colinas do Douro, repletas de vinhas e olival. É sob a sua sombra que a Quinta do Noval acolhe os visitantes.
- O cedro-do-Oregon da Casa de Mateus, em Vila Real, é um imponente exemplar da espécie Chamaecyparis lawsoniana, com 92 anos. Os seus ramos, curvados sobre a terra, fazem nascer novas árvores.
- O plátano (Platanus hispanica) da Quinta da Cruz, em Viseu, tem cerca de 200 anos e ergue-se ao lado de um tanque outrora usado pelas lavadeiras que vinham a esta quinta, hoje convertida num centro de arte contemporânea.
As Árvores do Ano eleitas em Portugal desde 2018
O concurso Tree of The Year começou a realizar-se em 2010-11 para promover a aproximação dos cidadãos às árvores e às florestas através da seleção de árvores emblemáticas, que merecem destaque devido aos laços culturais e emocionais que têm com as populações ou pelo seu valor histórico, ecológico e estético.
Em Portugal, o concurso é promovido pela UNAC e o nosso país juntou-se à iniciativa em 2018, ano em que conseguiu o primeiro lugar no certame europeu. Apesar de Portugal ter vencido esta única vez, mais árvores portuguesas têm assegurado boas classificações – e até lugares no pódio – no concurso Tree of The Year.
Enquanto decorrem os votos para eleger a Árvore Portuguesa do Ano 2026, recordamos as antecessoras:
2025: A figueira dos amores é uma das exóticas gigantes que se ergue no Jardim da Quinta das Lágrimas, em Coimbra. Conquistou o segundo lugar no concurso europeu.
2024: A camélia-japoneira, dos jardins centenários da Villa Margaridi, no centro de Guimarães, ficou em quarto lugar na votação europeia.
2023: O enorme eucalipto de Contige, com cerca de 46 metros de altura e um tronco com 13 metros de perímetro, conseguiu o quinto lugar a nível europeu.
2022: A sobreira grande, de Vale do Pereiro, em Arraiolos, subiu ao pódio do concurso europeu ao conquistar o terceiro lugar.
2021: O plátano do Rossio, em Portalegre, alcançou o quarto lugar europeu.
2020: O castanheiro de Vales, com os seus 21 metros de altura e um perímetro de tronco de 14 metros, conquistou o sexto lugar no concurso europeu.
2019: A azinheira secular, de Mértola, com uma copa de amplitude impressionante, subiu à terceira posição do pódio Tree of the Year.
2018: sobreiro assobiador, da aldeia de Águas de Moura, Palmela, ficou em primeiro lugar no concurso Europeu.
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