Em pleno inverno, o País está a arder. Mas reforços só lá para maio

Balanço Área ardida em janeiro de 2022 ultrapassou os 4 600 hectares, um valor nunca antes atingido ao longo deste século

Recorde de área ardida e ocorrências, desde 1 de janeiro, levam especialistas a apontar que Governo fez tábua rasa de recomendações sobre estratégia de combate e alertam para risco de ano com fogos muito graves

Há duas décadas que não havia tanta área ardida em Portugal, no primeiro mês e meio do ano, devido a um dos números de ocorrências mais elevados deste século. Um cenário que está a alertar os especialistas, que lembram que, apesar dos avisos feitos pelas duas comissões independentes que investigaram as tragédias de 2017, o Governo não adaptou aos novos tempos a fórmula de gestão do dispositivo de combate a incêndios – que continua moldada para uma época de fogos no verão. Os dados relativos ao arranque de 2022, com muitos incêndios e uma seca persistente, perspetivam que este possa ser um ano de cifras negras como aconteceu em outras três ocasiões desde a viragem do milénio; e arrisca-se, simultaneamente, a tornar-se uma prova de fogo para quem suceder a Eduardo Cabrita à frente da pasta da Administração Interna.

Pelos distritos de Braga, Bragança, Viana do Castelo e Vila Real nunca houve tanto terreno consumido pelas chamas como no período compreendido entre o dia 1 de janeiro e 13 de fevereiro, de acordo com os dados fornecidos à VISÃO pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF). Um panorama que inclui, ainda que com menor impacto, Porto e Aveiro. […]

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