Publicado em: 20 de Fevereiro, 2025
Programas bem definidos sobre cultura e propósito aproximam colaboradores de empresas que buscam gestão mais eficaz. |
As empresas do agronegócio, assim como de outros setores, têm enfrentado cenários muito desafiadores no mercado atual. Para ter vantagem competitiva, é fundamental que as companhias tenham metas bem definidas sobre seus princípios e sua cultura junto aos colaboradores. Afinal, no mercado de trabalho, muitos profissionais cumprem uma extensa jornada e precisam ter um tempo de qualidade dentro dos seus ambientes corporativos. “Em tempos desafiadores, quais empresas dedicam tempo para falar desse tema? É aí que as organizações se diferenciam. Quem tem a clareza do que esperar como companhia e de que forma cada colaborador se encaixa nesse cenário, vai se sobressair”, explica o administrador de empresas especializado em gestão de negócios e finanças Kenny Roger de Carvalho, Diretor de Recursos Humanos da Sempre Agtech, considerada uma das cinco empresas mais inovadoras do agronegócio na 10ª edição do Prêmio Valor Inovação Brasil (2024), realizado pelo jornal Valor Econômico em parceria com a Strategy&, consultoria estratégica da PwC. Dentro da Sempre Agtech, o programa de cultura organizacional foi construído junto com os colaboradores e tem como proposta direcionar a equipe formada por cerca de 600 profissionais em várias regiões do país. O nome do programa é Cultiva, muito apropriado para uma companhia que promove cultivos através de suas soluções mas, mais do que isso, também busca trazer o significado de “cultura viva = cultiva”, para reforçar que a cultura é algo que traz a essência da empresa e que precisa ser viva. “Acreditamos que, a longo prazo, o nosso jeito de ser e fazer será a nossa maior vantagem competitiva. Para que possamos solidificar a fórmula que mantém nossa singularidade, precisamos viver intensamente a cultura da Companhia”, explica o CEO da Sempre, Fernando Prezzotto. A cultura organizacional dentro de uma empresa envolve a criação de um ambiente de trabalho que valorize diversos aspectos. No caso da Sempre, foi criada até uma fórmula para explicitar isso: i (inovação), 2a (autonomia e agilidade) e 3c (cliente, cuidado e compromisso). Cada tópico traz uma visão sobre como agir, ter autonomia para assumir responsabilidades e buscar soluções que façam sentido para o negócio da companhia, ter agilidade para adaptações, além de inovar e atender bem o cliente, com compromisso, garantindo entregas e otimizando recursos, e cuidado nas relações, proporcionando um ambiente seguro e acolhedor para todos. Após a definição da cultura organizacional, é importante que cada colaborador tenha acesso a esse material, que pode ser compreendido como uma extensão da missão, visão e valores da empresa. No caso da Sempre Agtech, foi criada uma Cartilha e entregue a cada profissional com explicações claras e direcionamentos que contribuem não apenas com o crescimento do colaborador dentro do grupo como também em sua vida pessoal e sua carreira. A cultura organizacional pode ser vista como um ativo estratégico para atrair e reter talentos, melhorar o desempenho e lidar com os desafios do mercado, principalmente com o aumento da demanda por práticas mais sustentáveis e por inovação. Como a organização é feita por pessoas, a comunicação tem de ser a base de tudo, para desenvolver, aprender e ajustar o que for necessário. “O programa de cultura organizacional também contempla ações internas de suporte aos departamentos, para que a comunicação seja compreendida entre líderes e liderados. Compartilhamos o que acreditamos como princípios e ajudamos as equipes em seus desenvolvimentos”, explica Carvalho. Além da atuação com colaboradores, o programa de cultura organizacional contribui com a visão que o mercado tem da empresa e como ela está buscando atender cada vez melhor todo o segmento em que atua. |
O artigo foi publicado originalmente em Gazeta Rural.