
Pelo menos 200 peixes foram encontrados mortos na passada semana nas margens da albufeira do Roxo, que abrange os concelhos de Aljustrel e Beja, encontrando-se as autoridades a investigar as causas desta ocorrência.
A Associação de Beneficiários do Roxo (ABR) contabilizou “à volta de 200 peixes mortos, sobretudo carpas e pimpões”, nesta albufeira, tendo começado a recolhê-los na quinta-feira, 16, revelou o seu presidente, António Parreira.
Segundo este responsável, foram encontrados peixes mortos “em dois locais, num regolfo junto à Mina da Juliana [no concelho de Beja] e junto ao paredão da barragem [no concelho de Aljustrel], onde a albufeira até tem maior profundidade”.
O presidente da ABR, com sede em São João de Negrilhos (Aljustrel) e responsável pela gestão da barragem, disse ainda que a entidade fez “o que tinha que fazer”, ou seja, “comunicou o sucedido às autoridades e está à retirar os peixes”.
“Comunicámos o que estava a acontecer ao SEPNA [Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente da GNR] e ao ICNF [Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas]. Mais não podemos fazer”, argumentou.
António Parreira frisou ser “prematuro avançar com uma potencial causa” para a mortandade piscícola, mas também realçou que isso cabe “às autoridades competentes”, que já “recolheram amostras dos peixes mortos para a realização de análises”.
Fonte do Comando Territorial de Beja da GNR indicou que a 12 de Outubro a Guarda recebeu o alerta sobre “o aparecimento de espécies mortas” na superfície da albufeira, numa das margens na zona de Mina da Juliana.
Segundo a GNR, caberá ao ICNF e à Agência Portuguesa do Ambiente (APA) “determinarem as causas [da mortandade] e investigarem”.