O primeiro semestre de 2021 traz vários desafios a Portugal, nomeadamente o do liderar os destinos da União Europeia, e especificamente o de fazer chegar à economia real os fundos de recuperação económica, intrinsecamente ligados à sustentabilidade ambiental. Face ao contexto mundial, como prevê que esta medida impacte a agricultura nacional em geral e a indústria agroalimentar portuguesa, em particular?
Nos próximos anos, Portugal poderá aceder a um envelope financeiro sem precedentes em períodos idênticos, que atingirá os 50 mil milhões de euros (M€) em subvenções (a fundo perdido), a que poderão somar-se previsivelmente cerca de 14,2 M€ na modalidade de empréstimos.
No caso particular da agricultura nacional, estão previstos 93 milhões de euros em subvenções, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), para apoio na operacionalização da Agenda de investigação e inovação para a sustentabilidade da agricultura, alimentação e agroindústria.
No âmbito do Instrumento de Recuperação “Next Generation”, Portugal terá, ainda, 354 milhões de euros a aplicar nos programas de desenvolvimento rural nos anos 2021 e 2022, para apoiar a agricultura numa transição mais verde e mais digital, garantindo, ao mesmo tempo, a sustentabilidade e a competitividade dos nossos agricultores.
O mercado global cresceu significativamente na última década, pelo que não podemos dissociar as políticas europeias e o plano estratégico nacional da realidade dos mercados internacionais. Devemos, antes, apostar numa maior capacidade de autoaprovisionamento num mercado que é global.
Veja aqui a Revista Alimentação Animal n. 115 completa.
O artigo foi publicado originalmente em IACA.