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Eslovénia começa a racionar a água potável na península adriática da Ístria

As cidades eslovenas na península adriática da Ístria começaram hoje a racionar a água devido à seca que assola a região há meses.

A partir de quarta-feira, é proibido, nas cidades de Koper, Izola, Piran e Ankaran, encher piscinas, lavar carros ou jardins aquáticos e áreas verdes, informou o portal regional N1.

No fundo, foi proibida “qualquer utilização não essencial da água”, avançaram as autoridades, cujo principal objetivo é evitar possíveis ruturas de abastecimento.

“Estamos no limite”, advertiu o presidente da Câmara de Koper, Ales Brzan, ao explicar que a situação exige mais restrições apesar de a população ter respondido a apelos anteriores para poupar água e de ter diminuído o consumo.

Recordando um cenário de seca semelhante ao de há dez anos, o presidente estimou que uma melhoria da situação exigiria pelo menos cinco dias consecutivos de chuva.

O encerramento de sistemas de irrigação em áreas verdes públicas, bem como de duches nas praias e noutras áreas públicas, são algumas das medidas adotadas que entram agora em vigor.

A lavagem de automóveis só é autorizada em centros de lavagem próprios onde seja utilizada água reciclada.

As autoridades locais também apelaram aos hoteleiros que usassem o recurso com moderação e que sensibilizassem os turistas para as restrições atuais.

A seca, que ameaça cada vez mais países em todo o mundo, já chegou à vizinha Itália, que declarou na segunda-feira o estado de emergência em várias regiões e anunciou a libertação de um fundo de 36,5 milhões de euros para responder aos danos causados.

Segundo o maior sindicato agrícola do país, Coldiretti, a seca ameaça mais de 30% da produção agrícola nacional e metade das herdades da planície do Pó, onde é produzido o presunto de Parma.

O Pó representa o maior reservatório de água da península, grande parte da qual é utilizada pelos agricultores.

Os lagos Maggiore e Garda estão a revelar níveis de água abaixo do normal para esta época do ano, enquanto mais ao sul o nível do Tibre que flui através de Roma também diminuiu.

Outra consequência da seca: a produção de energia hidroelétrica caiu drasticamente, enquanto as hidroelétricas, localizadas maioritariamente no norte da Itália, produzem cerca de 20% da energia deste país.


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