O ministro da Agricultura de Espanha, Luís Planas, defendeu hoje que a próxima Política Agrícola Comum (PAC), deverá ser flexibilizada, tendo em conta o “contexto atual”, com a guerra na Ucrânia e o elevado Índice de Preços do Consumidor.
“É muito importante manter o rumo estratégico desta nova PAC do ponto de vista da sustentabilidade, mas, como Espanha sempre defendeu, a sustentabilidade não está em desacordo com a competitividade empresarial e, portanto, temos que adotar as medidas necessárias para flexibilizar a aplicação da PAC, tendo em conta o contexto atual”, considerou Luís Planas, citado pela agência EFE.
O governante, que falava à chegada a uma reunião dos ministros da Agricultura da União Europeia (UE), que se realiza hoje no Luxemburgo, adiantou ainda, no que se refere aos planos estratégicos, que Espanha mantém “contactos técnicos” com Bruxelas e que o “texto final” será enviado em julho.
Os planos estratégicos são documentos nos quais os países especificam como vão aplica a nova PAC, que entrará em vigor em 2023.
Sublinhando que, atualmente, o mercado agrícola apresenta “preços em alta” e “enorme volatilidade”, o titular da pasta da Agricultura em Espanha sublinhou ser importante ter “dados precisos sobre as sementeiras, as próximas colheitas e a sua realidade dentro e fora da UE”.
O ministro disse ainda que a estimativa relativa à colheita mundial de cereais é de 2.250 milhões de toneladas, “aproximadamente 40 milhões de toneladas inferior à campanha anterior”.
Ainda assim, esta número deverá “ser suficiente para alimentar toda a população”, acrescentou, estimando que Espanha deverá produzir entre 21 e 23 milhões de toneladas.
Planas destacou também o restabelecimento dos canais para a saída de cereais e de girassol da Ucrânia.