
A Europa continua a ser um continente de destinos diversos, onde se cruzam paisagens naturais, patrimónios culturais e modos de vida muito distintos. Para além das cidades mais visitadas, existem pequenas ilhas que se mantêm preservadas, longe da pressão do turismo em massa. Esta ilha de praias paradisíacas, da qual lhe falaremos em seguida neste artigo, ainda vive a um ritmo mais ‘lento’, com pouca afluência turística.
Ilha de Folegandros
Folegandros é uma das ilhas mais discretas das Cíclades, na Grécia. Situa-se a sul de Milos e a norte de Santorini, e tem cerca de 32 quilómetros quadrados de área. A população residente ronda os 700 habitantes, distribuídos por três povoações principais: Chora, Ano Meria e Karavostasis, que funciona como porto da ilha. Não existe aeroporto. O acesso faz-se por mar, com ligações de ferry a partir do porto de Pireu (Atenas), ou de outras ilhas como Naxos, Paros, Ios e Santorini, refere o Ekonomista.
Vila histórica de Chora
A capital da ilha, Chora, está implantada sobre uma escarpa a cerca de 200 metros de altitude. É uma vila tradicional com origem medieval, criada com traçado compacto para proteção contra piratas.
As ruas são estreitas, com casas caiadas, portas coloridas e pequenas praças. A circulação automóvel é restrita no interior da vila, preservando o ambiente pedonal. No topo da colina encontra-se a Igreja da Panagia, acessível por um caminho em ziguezague. O templo atual remonta ao século XIX e está construído sobre fundações antigas.
Ano Meria: agricultura e habitação dispersa
A norte desta ilha de praias paradisíacas, a povoação de Ano Meria é conhecida pelo seu carácter rural e pelas unidades agrícolas tradicionais chamadas themonies. Estas estruturas incluem casa de habitação, celeiro, cisterna, forno e estábulo, refletindo uma organização autónoma e adaptada ao clima seco da ilha.
Existe um Museu Ecológico e Folclórico onde se pode conhecer ferramentas agrícolas, objetos domésticos e o modo de vida tradicional da população local.
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Rede de trilhos e praias isoladas
Folegandros é atravessada por trilhos pedonais não asfaltados que ligam as vilas e zonas costeiras. Os percursos estão sinalizados e são muito utilizados na época alta.
As praias mais procuradas situam-se fora do alcance de veículos, refere a mesma fonte. Chega-se a pé ou por barco, o que limita a pressão turística e protege a paisagem. Agios Georgios, Livadaki e Ambeli são exemplos de praias sem infraestruturas, com águas transparentes e reduzida presença humana.
Katergo: acesso por trilho ou barco
A praia mais emblemática da ilha é a de Katergo, de acordo com a fonte acima citada. Situa-se na costa sudeste e só é acessível por barco ou através de um trilho de cerca de 30 minutos, a partir de Livadi. A praia é composta por seixos e areia escura. Não existem apoios de praia nem sombra natural, sendo essencial levar água, comida e proteção solar. Durante o verão, pequenas embarcações fazem o transporte de passageiros a partir do porto de Karavostasis com frequência diária.
Gastronomia e produtos locais
A gastronomia de Folegandros é simples e baseada na produção local. O prato mais característico é a matsáta, uma massa fresca caseira servida com carne guisada.
Nesta ilha de praias paradisíacas produzem-se também vinhos locais, queijos como o souroto, azeite, legumes secos ao sol e mel. Os doces incluem figos, amêndoas e biscoitos de canela. Os restaurantes concentram-se em Chora e Ano Meria, com funcionamento sazonal, principalmente entre maio e setembro.
Infraestruturas e preservação da ilha
A ilha possui um centro de saúde básico, mas sem hospital, refere ainda o Ekonomista. Para emergências médicas graves, os residentes são evacuados para Santorini ou para o continente. A eletricidade chega por cabo submarino. O abastecimento de água depende de sistemas de dessalinização, complementados por cisternas privadas. O desenvolvimento turístico é limitado por restrições urbanísticas e por uma política local de preservação ambiental e patrimonial.
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