Quarenta anos depois do último avistamento, uma equipa de botânicos redescobriu a Gasteranthus extinctus, uma das plantas tropicais que, acreditavam os cientistas, estava extinta devido à desflorestação intensiva na América do Sul.
Uma planta tropical de flores laranja foi baptizada, em 2000, de extinctus – num sinal de alerta para aquela que se pensava ser uma planta extinta pela desflorestação no Oeste do Equador. Mas as notícias da morte da extinctus foram manifestamente exageradas. Uma equipa de dez botânicos juntou-se numa expedição que redescobriu esta planta – e lhe deu uma nova vida.
Esta planta foi encontrada pela primeira vez em 1985, apesar de só em 2000 ter recebido o condenatório nome. Ao longo dos últimos 30 anos, a Gasteranthus extinctus (nome científico completo desta planta) era dada como desaparecida até uma expedição regressar em Novembro de 2021 ao cume da montanha Centinela, no Equador – o seu habitat natural.
Dez botânicos de seis instituições diferentes no Equador, Estados Unidos e França relatam num artigo científico publicado na revista PhytoKeys os primeiros avistamentos desta planta em 35 anos.
“A extinctus recebeu o seu nome à custa da extensa desflorestação no Oeste do Equador”, explica Dawson White, investigador do Museu Field de História Natural, em Chicago, Estados Unidos. Agora, a equipa retoma a ideia de que nesta zona desflorestada ainda existem espécies para encontrar, apesar de “estarmos nesta era de extinção”, conforme aponta Dawson White.
A extinção em Centinela
A espécie continua em perigo de extinção – mas esta novidade traz esperanças para a região de Centinela e para a América do Sul.
“Centinela é um lugar mítico para os botânicos tropicais”, diz Nigel Pitman, outro dos expedicionários que assina o artigo científico. Esta região sempre foi a […]